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Sábado, 27 de Abril de 2024

Política
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Longe de sair do papel
Morando defende mudança de projeto para Linha 18-Bronze

Conexão da região com sistema de Metrô esbarra em falta de recursos

Humberto Domiciano
Do Diário do Grande ABC
04/05/2017 | 07:00
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Após acompanhar de perto o andamento do edital e do contrato para execução da Linha 18-Bronze (Tamanduateí-Djalma Dutra) do Metrô enquanto era deputado estadual, o presidente do Consórcio Intermunicipal e prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), afirmou que o governo do Estado precisa pensar em alternativa ao monotrilho, modal escolhido para interligar o Grande ABC ao sistema metroviário da Capital.

Com contrato assinado em 2014 e ainda longe de sair do papel, a Linha 18-Bronze esbarra em falta de aval do governo federal para que o governo do Estado contrate empréstimo internacional para início das desapropriações. Há também, dentro do Ministério das Cidades, contestações com relação ao monotrilho das linhas 15-Prata (Vila Prudente-Cidade Tiradentes) e 17-Ouro (São Paulo Morumbi-Jabaquara).

“Se não tiver melhora na economia do País o projeto fica cada vez mais distante. O governo federal negou a aprovação para termos empréstimo internacional, no governo da Dilma (Rousseff, PT). Depois tive uma conversa com o presidente Michel Temer (PMDB) pedindo o aporte e a questão não anda. Não existe recurso mínimo para fazer as desapropriações. Nem por financiamento nem por empréstimo. O governo estadual teve uma queda de R$ 20 bilhões de arrecadação desde que a crise começou. Projeto existe, sigo acreditando. Considero que cabe analisar se o monotrilho ainda é viável”, declarou.

Sobre as alternativas, Morando avalia construção tradicional do Metrô (subterrâneo) ou BRT (Bus Rapid Transit), espécie de corredores de ônibus comuns em Curitiba. Essa proposta foi defendida também pelo deputado federal Alex Manente (PPS), rival político de Morando. “Os (monotrilhos) que começaram não vão bem. O da Vila Prudente só anda duas estações e o custo aumentou muito. Precisamos pensar em algum modal viário mais eficiente. Temos de discutir Metrô subterrâneo ou BRT com elevações, para não pegar semáforos e cruzamentos”, disse Morando.

O Metrô confirmou problemas financeiros e burocráticos para início das obras da Linha 18-Bronze, mas descartou alterar seu modal. Não há prazo de conclusão da obra. (Colaborou Daniel Tossato) 

Tucano reitera que Câmara tem de autorizar saída de Diadema

O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC manteve a posição de que o município de Diadema só poderá deixar a entidade caso o processo seja aprovado pela Câmara diademense.

Lauro anunciou em março que iria retirar o município da lista de consorciados do colegiado, mas como não conta com maioria no Legislativo, deve apelar à Justiça para efetivar o plano.

Em reunião realizada ontem, que não contou com a presença do prefeito Lauro Michels (PV), o presidente do Consórcio, o chefe do Executivo de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), afirmou que não será possível flexibilizar o pagamento dos valores devidos por Diadema, que somam R$ 8,3 milhões. “Não terá mudança no sistema de cobrança. O acordo já foi feito e todos os municípios aderiram ao parcelamento de 72 meses”, completou o tucano. “Ele (Lauro) é quem tem intenção de sair (do colegiado). Para ingressar foi aprovado lá (na Câmara de Diadema). Entendo que há pautas importantes, transcendem a mandatos e partidos, é instituição do Grande ABC.”

Corria nos bastidores da entidade a possibilidade de que seria aberta uma exceção para Diadema, que poderia prosseguir com os pagamentos relativos a este ano e teria dois anos para quitar débitos de outros exercícios.

No entanto, as ausências de Lauro Michels e do vice-prefeito Márcio da Farmácia (PV) teriam inviabilizado a iniciativa. De acordo com o estatuto do Consórcio, apenas prefeitos, vice e presidentes de Câmaras possuem poder de negociação.

Na reunião de ontem, Diadema foi representada pelo assessor especial Zé Dourado (PSDB), que destacou a necessidade de análise da situação financeira para que a cidade permaneça no grupo.




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