Início
Clube
Banca
Colunista
Redes Sociais
DGABC

Domingo, 28 de Abril de 2024

‘JK’ começa envolvente na Globo
Daniel Gutierrez
Especial para o Diário
05/01/2006 | 08:53
Compartilhar notícia


Começou na terça-feira a celebração a Juscelino Kubitschek, um dos presidentes mais emblemáticos do Brasil, na nova minissérie da Globo. A atração começou com boa audiência para o horário – a partir das 21h50 –, atingindo pico de 39 pontos. Mas mais importante é o fato de JK ter convencido, pelo menos na saída, com boa fotografia e história envolvente.

A professora Júlia Kubitschek (Julia Lemmertz) da à luz Juscelino, segundo filho da família Kubitschek. O pai, João Cesar (Fabio Assunção), sabe do nascimento de seu filho e, profético, em meio a uma gargalhada, grita: "Nasceu o futuro presidente do Brasil". João Cesar não tem muito tempo para conhecer o filho. Contrai tuberculose, doença incurável no começo do século XX, e morre quando Juscelino tinha apenas 2 anos. Ao acompanhar o cortejo fúnebre, o garoto acredita ter visto o pai piscar o olho para ele.

A abertura da minissérie é mais uma criação dirigida por Hans Donner. Desta vez, ele usou linhas de Oscar Niemeyer, o arquiteto de Brasília. Os traços são animados como se desenhados na hora e apresentam, por exemplo, o Complexo da Pampulha, em Minas Gerais, obra encomendada por JK a Niemeyer. Os traços se movimentam e finalmente mostram as formas da capital brasileira.

Dennis Carvalho dirige o núcleo que conta com cerca de 100 atores. Ótima reconstituição de época em cenários, locações e figurinos mostraram Diamantina exuberante, com fotografia muito competente de Ricardo Gaglianone. A história é narrada por José Wilker (o ator viverá a fase madura do político) como se fosse JK mais velho contando a sua infância. O recurso, ouvir uma história pelo seu personagem principal, funcionou bem.

O maniqueísmo mais manjado da história, a polarização entre o bem e o mal, também deu o ar da graça. JK, óbvio, representa o bom rapaz pobre que quer estudar medicina. Coronel Licurgo (Luis Melo), o mal hipócrita no fervor católico.

A expectativa principal para a nova minissérie é se a Globo deixará a história do país como pano de fundo de uma trama romântica e novelesca, ou se dará prioridade aos fatos que construíram uma significativa fatia do passado com resultados fundamentais para o entendimento do presente do país.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.