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Segunda-Feira, 29 de Abril de 2024

Política
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Editorial
Trânsito violento
Do Diário do Grande ABC
21/02/2017 | 09:00
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Aline Pietri/DGABC


O ano de 2017 não poderia ter começado pior para o Grande ABC no quesito violência no trânsito. Divulgados ontem pelo governo do Estado, os dados são chocantes. O número de mortes na malha asfática da região aumentou 53% em janeiro, quando comparado com as estatísticas colhidas no mesmo mês de 2016. Quinze ocorrências daquele período se transformaram em 23. O aumento dos episódios é desolador e põe em xeque a capacidade das autoridades, estaduais e municipais, em coibir os abusos nas ruas, avenidas e rodovias.

Especialistas são unânimes em associar o descaso dos gestores com as políticas de educação de pedestres, motoristas e motociclistas ao crescente acúmulo de vítimas fatais registradas no asfalto, ora confirmado pelos dados do Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo). De fato, são poucas as ações de conscientização existentes.

Campanhas esporádicas, como a do Travessia Segura, um dos acertos recentes do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, e poucos outdoors espalhados pelas rodovias paulistas são algumas das parcas medidas visíveis. Elas, todavia, apenas tangenciam a questão. Voltadas a pessoas que já têm formadas suas convicções, perdem bastante de sua porção educativa. O foco está equivocado. Por que não atacar o problema na raiz? As escolas, por exemplo, poderiam se transformar em excelentes centros irradiadores de consciência no trânsito. Os resultados poderiam custar um pouco a aparecer, mas, a seu tempo, chegariam de forma arrebatadora.

Ocorre que o Estado e também os municípios querem dar respostas rápidas e fáceis a problemas sedimentados e difíceis. E, com isso, insistem em políticas erradas e frágeis, cujos saldos são contraproducentes, como comprovam os dados do Infosiga hoje publicados por este Diário. É evidente que os projetos desenvolvidos para tornar as estradas e vias urbanas menos violentas não têm dado certo. Já é passada a hora de se fazer uma autocrítica e buscar alternativas. Ou não?  




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