O corpo da ex-primeira-dama deixou o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, por volta das 16h, e seguiu para o Cemitério da Colina, em São Bernardo, onde haverá uma cerimônia reservada à família.

Ao fim do velório houve um ato ecumênico em homenagem à Marisa Letícia Lula da Silva realizado por Dom Angélico, que disse que Dona Marisa continuará viva em nós, pois é uma guerreira. “Devemos lembrar que o nome dela também é Letícia, e Letícia quer dizer alegria. Sendo assim, vamos celebrar alegria também.”

O presidente do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, também disse que o momento não é o ideal para discursos políticos. “Foi uma grande companheira. Transmito força ao presidente Lula.”

Entre as falas das lideranças políticas, os inúmeros militantes, amigos e simpatizantes entoavam gritos de apoio a Lula e Dona Marisa. “Lula guerreiro do povo brasileiro” e “Marisa guerreira da pátria brasileira.”

“Conheci Lula e Marisa desde o tempo em que moravam no bairro dos Casa. Frequentava a casa deles para tomar café e conversar de política”, disse o histórico militante petista Wilson Roberto Ribeiro, 66 anos.

O militante estava visivelmente emocionado, não só com os discursos e com a cerimônia, mas com a partida de Marisa, a qual considerava uma grande amiga. “Quando chamávamos o Lula para uma reunião, pedíamos primeiro para a Marisa. Ele só ia se ela deixasse”, lembrou.

Por fim, Vagnão, secretário-geral do Sindicato explicou à multidão que não seguissem para o cemitério, lembrando que a cerimônia de cremação será reservada à família

Dona Marisa morreu na noite de ontem, após 10 de internação, vítima de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) hemorrágico provocado pelo rompimento de um aneurisma. (com informações de Daniel Tossato)