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Segunda-Feira, 29 de Abril de 2024

O combate à pichação
Do Diário do Grande ABC
02/02/2017 | 12:53
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Artigo

A cruzada que o prefeito de São Paulo, João Doria Jr. (PSDB) iniciou contra as pichações pode ser o começo de movimento nacional para o desemporcalhamento da paisagem em todos os quadrantes. O rabiscar das paredes e muros, antes usados para fins de luta política, tornou-se lazer. Verdadeiras gangues se formaram para cometer a transgressão, que polui o visual e causa grandes prejuízos aos patrimônios público e privado. A prática tornou-se, com o passar do tempo, disputa onde seus adeptos procuram deixar suas marcas em locais de difícil acesso, como o alto das construções. Isso já custou a saúde e até a vida de muitos deles, que acabaram sofrendo grandes quedas.

Síndicos, administradores e até as polícias tentaram, ao longo do tempo, combater as pichações. Mas o falso conceito de liberdade criado e ainda vigente em nosso País tornou a tarefa inviável, pois nem os crimes de maior potencial têm recebido punição. O resultado é a pichação por todos os lados e, até, a formação corporativa dos pichadores, que reivindicam a condição social de artistas. A eles juntam-se os ativistas da liberdade anárquica e não há imóvel que permaneça nas condições em que foi concebido.

A ação da prefeitura de São Paulo, lastreada nas posturas municipais, é algo novo. Principalmente quando faz distinção entre o que é pichação e o que é arte e sua conservação, e se dispõe a criar espaços onde os artistas possam desenvolver sua atividade e contribuir com o embelezamento sem agredir a arquitetura urbana. O prefeito adotou essa diretriz e promete ação policial sobre os que insistirem em continuar pichando. Mais do que isso, seria importante tentar a conscientização e reservar o uso da força só se o caminho do entendimento se mostrasse inviável. É preciso chamar a atenção para a conservação ambiental, inclusive das fachadas dos imóveis públicos e privados e acabar com o lixo a elas agregado por lazer, rebeldia ou qualquer tipo de sentimento ou ativismo.

As pichações – a maioria delas grotescas – existem em praticamente todas as cidades brasileiras. São frutos do período da liberdade sem responsabilidade que, de certa forma, trouxe-nos ao caos hoje vivido. Uma das reformas cabíveis na obra de reconstrução nacional que hoje se ensaia deve ser a de conscientizar a população e os pichadores e fazer com que mudem a postura para, em vez de agredir a paisagem urbana, passar a preservá-la em favor da salubridade do ambiente em que vivemos.

Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente e dirigente da Aspomil (Associação de Assistência Social dos Policiais Militares de São Paulo).

Palavra do leitor

Riacho – 1
Informo aos moradores da Vila Tozi, distrito de Riacho Grande, em São Bernardo, que o presidente da Sociedade Amigos de Bairro precisa ter tempo e competência. Tem gente que não tem tempo, mas está querendo ser presidente da sociedade.
Moisés Oliveira
São Bernardo

Riacho – 2
Venho por meio desta Palavra do Leitor informar à população do Riacho Grande, em São Bernardo, que só vejo os funcionários do setor SU215 no horário de trabalho nos bares, bebendo. Só há um que trabalha. Prefeito Orlando Morando, isso precisa ser revisto, porque do jeito que está prejudica a população.
José Maria da Silva
São Bernardo

Passe escolar
Nós, que somos professores do Estado, por receber mísero auxílio-transporte, não temos mais direito a pagar metade no passe escolar. Além de termos jornada longa, com várias escolas, fomos prejudicados com essa nova lei.
Marcelo Coelho
São Bernardo

Resposta
Em atenção à carta do leitor Ailton Gomes (Poupatempo, dia 31), o Poupatempo informa que o programa tem como um de seus principais objetivos a disponibilização de opções cada vez mais modernas para a realização de serviços públicos. Entre as novidades está a implantação de totens de autosserviços nos 19 postos com maior público – entre eles o de São Bernardo. A coleta biométrica para serviços de RG também foi implantada em São Bernardo em dezembro do ano passado, permitindo que tanto a assinatura quanto as impressões digitais – que não sujam mais os dedos de tinta – sejam coletadas eletronicamente, bem como a foto 3x4, que é feita na hora, sem custo adicional. O Poupatempo Mauá já foi inaugurado, em maio de 2016, com mais essa facilidade. Os serviços de fotocópia são oferecidos pela iniciativa privada nas proximidades dos postos. O Poupatempo agradece a manifestação do leitor e se coloca à disposição para sugestões, reclamações e elogios também por meio de seus canais de atendimento.
Poupatempo

Economia
O programa Roda Viva, dia 30, reapresentou a entrevista com a economista Monica de Bolle, autora do livro Como Matar a Borboleta Azul, que retrata o tremendo desarranjo da economia brasileira durante o governo Dilma. Em suas explicações ela nos mostra que subir um degrau no desenvolvimento é feito enorme, porém, se comparado ao que desceu pelo ralo nesse período, faz-nos acreditar que teremos recuperação muito mais lenta do que se possa imaginar e longe de qualquer perspectiva de pleno emprego e mesa farta.
Vanderlei A. Retondo
Santo André

Fretados
Diferentemente do que mostra a reportagem ‘Decisão judicial garante ônibus fretado a alunos da rede estadual’ (Setecidades, dia 27), os alunos na faixa etária abordada, de 12 anos, não estudam à noite; apenas nos períodos matutino e vespertino.
Secretaria do Estado da Educação

Nota da Redação – O Diário mantém as informações. A reportagem em questão em nenhum momento diz que os alunos estudam à noite, mas que seriam obrigados “a fazer uso dos coletivos públicos municipais e a correr riscos em pontos de ônibus à noite em local deserto, a partir deste ano”. Como fica claro em comentário de uma mãe, a preocupação é no retorno para casa, quando já está escuro: “Meu principal receio é mesmo na volta da escola, porque o lugar é cheio de mato e escuro. Ela só tem 12 anos e eu tenho medo de que algo aconteça com ela”. 




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