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Na região, 200 mil têm direito a conversor digital

Cerca de 100 mil famílias ainda não retiraram
kit; previsão é que sinal analógico opere até março

Gabriel Russini
Especial para o Diário
31/01/2017 | 07:11
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Denis Maciel/DGABC


Atualizada em 3 de fevereiro, às 10h54

A Seja Digital, entidade responsável pelo processo de transição da digitalização do sinal de televisão no Brasil, está realizando a distribuição gratuita de kits com antena UHF, conversor e controle remoto para a população de baixa renda cadastrada em programas sociais vinculados ao governo federal. No Grande ABC, 200 mil famílias têm direito ao kit, sem pagar nada por ele. Até o momento, no entanto, 100 mil ainda não realizaram agendamento para a retirada do equipamento.

O processo de digitalização no País teve início em abril de 2015 e, segundo o cronograma do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o objetivo é concluir a distribuição até 2023. Na Região Metropolitana e em São Paulo, o desligamento do sinal analógico está previsto para 29 de março, a partir de quando a programação dos canais abertos de televisão será transmitida apenas pelo sinal digital. Porém, segundo a entidade, a data pode sofrer alterações em reunião com o governo prevista para hoje.

Conforme explica a gerente da Seja Digital em São Paulo, Cecília Zanotti, a distribuição dos kits vai além da melhora da qualidade nos canais de televisão. “Trata-se de um projeto de inclusão digital. Não só a TV vai melhorar muito, a internet também. Os canais do sinal analógico que hoje estão na faixa dos 700 Mhz serão liberados para a implantação do 4G, então a internet vai chegar onde não estava e ficar mais rápida onde já existe.”

Uma forma de identificar quem precisará do conversor digital, já que modelos mais novos de televisores não necessitam dele, é verificar se no controle remoto há quatro botões coloridos: vermelho, amarelo, azul e verde. Se tiver, não precisa. Outra, é se aparece no canto da tela do aparelho a letra ‘A’, de analógico. Neste caso, será necessário. Geralmente isso ocorre em TVs de tubo e em algumas plasma.

Após retirar o kit, as pessoas são orientadas por profissional da Seja Digital sobre como instalá-lo de forma correta e segura.

É VERDADE? - Os beneficiários se espantaram ao receber correspondência em casa. A aposentada Maria Lúcia, 54 anos, moradora do Jardim Aclimação, em Santo André, pensou que era mentira, até notar que os vizinhos também a receberam. “Eu não sabia que tínhamos esse direito. Não acreditei na hora em que vi a carta, já hoje que em dia é raro ganhar uma coisa dessa de graça, mas fiquei muito feliz com a notícia”, conta. “Minha missa na TV Aparecida e minhas novelas na Rede Globo estão garantidas.”

O empecilho, porém, não está resolvido de forma permanente, pois Maria Lúcia possui dois televisores em sua casa que necessitam do conversor. “Paciência, primeiro temos que pagar as contas, que são mais importantes, depois a gente compra outro para colocar na TV da sala”. O conversor que ela recebeu ficará no quarto em que dorme.

Vale ressaltar que cada família recebe apenas um kit, que, em média, custa R$ 81,49 em lojas de antenas e eletroeletrônicos. O preço pode variar de acordo com o modelo, fabricante e utilidades oferecidas.

Quem também não esperava pelo conversor foi Claudenir Silva, 29, moradora da Vila Palmares, Santo André. “Fiquei sabendo pela carta, fiz o agendamento pelo computador e vim aqui retirar. Não esperava por uma ação dessas. Estou muito feliz. Pelo menos vou poder continuar assistir à TV”, afirma.

CADASTRO - O agendamento pode ser feito de duas maneiras, tanto pelo telefone 147, gratuitamente, quanto pelo www.sejadigital.com.br/kit. Para saber se pode retirar um kit, basta ter em mãos o CPF e o NIS (Número de Identificação Social), que corresponde ao programa social em que a pessoa está incluída.

Estão contemplados beneficiários de programas do governo federal, por exemplo: Bolsa Família, Pronatec, Minha Casa, Minha Vida, Carteira do Idoso, aposentadoria para pessoas de baixa renda. Telefone Popular, serviços assistenciais, Brasil Alfabetizado e Erradicação do Trabalho Infantil. Cada uma das sete cidades possui um ponto de retirada. 




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