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Segunda-Feira, 29 de Abril de 2024

Tecnologia reduz custo da água
Do Diário do Grande ABC
26/01/2017 | 17:11
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Artigo

Tem se falado muito da universalização do setor de saneamento, olhando apenas para o lado do investimento em expansão. Esquece-se de aspecto fundamental que é o investimento em eficiência operacional, o que permitirá atingir o custo sustentável, diretamente vinculado à condição social da população que usa a água. Esse custo é aquele que, em condições de eficiência e eficácia operacional e de uso e consumo sustentável, permite à população pagar pela água. Isso varia por país e por região e, muitas vezes, só se torna sustentável a partir de política adequada e transparente de subsídios diretos ou indiretos. Não existe custo padrão para a água, mas custo real que varia muito em razão das características e do tipo da água bruta utilizada para a produção de água potável.

Portanto, investir em diminuição de custo é o primeiro passo para viabilizar a universalização. Poucos sabem que nos últimos 20 anos o custo de produção de água no mundo baixou em 27 vezes por causa do desenvolvimento de tecnologias e continua diminuindo cada vez mais. Em sistemas tradicionais, o uso tecnológico pode aumentar a velocidade de tratamento. Ou seja, uma mesma ETA (Estação de Tratamento de Água) construída há 20 anos pode produzir o dobro de água potável hoje somente com o uso de novas tecnologias. Existem outras tecnológicas, como a utilização de membranas para a filtração, cujo custo tanto de produção quanto de manutenção diminuiu consideravelmente nos últimos anos. Outras soluções permitem tratar mais eficientemente certas águas. Da mesma forma, as tecnologias de dessalinização a partir de osmose reversa ou de sistemas de evaporação evoluíram tanto que em muitos casos viabilizam o seu uso para a produção de água potável.

Há ainda avanços em automação e em sistema de telecomando, que diminuíram drasticamente os custos operacionais das ETAs. É esse conjunto de evolução tecnológica que levou à diminuição de custos na produção de água potável. Contudo, no caso do Brasil ainda estamos engatinhando no uso tecnológico. Como 90% da população urbana brasileira é atendida por empresas públicas, temos que incentivar o uso de tecnologia promovendo mudança cultural interna na gestão dessas companhias, assim como o desenvolvimento de ferramentas e modelos específicos, como as concessões, as PPPs (Parcerias Público-Privadas), as locações de ativos, os contratos de performance e a modernização da lei de licitação em curso no Congresso, para que essas empresas públicas possam acessar de maneira sustentável as tecnologias, buscar custos sustentáveis e atingir a universalização.

Yves Besse é diretor-geral de projetos para América Latina da empresa Veolia Water Technologies.

Palavra do leitor

Assistência
Chamo a atenção do nosso novo prefeito de Santo André, Paulo Serra, e seus secretários quanto ao que acontece no terminal Oeste de ônibus, administrado pela Metra. Está verdadeira bagunça em frente do local e até dentro, feita por moradores de rua bêbados, que formam grupos em frente da estação. Até o jardim da Metra destruíram. Já presenciei brigas. Vergonha para Santo André, bem na chegada à cidade. Acho que a nossa Prefeitura deveria fazer com a que a Metra tomasse providências sobre tudo isso.
Mauricio Goduto
Santo André

Net, deprimente!
Tenho dois produtos Net e comprei combo recentemente para consultório da minha mulher, na Presidente kennedy, em São Caetano, onde ocorreu inauguração sem os produtos. Por várias vezes liguei e acertei visitas dos técnicos. Uma vez não terminaram os serviços, outra cortaram os fios do interfone. Ficamos sem comunicação com recepção. O pior é que deixei por duas vezes pessoas na sala por seis horas, aguardando para instalação e não deram satisfação. O pessoal da Net ligou, garantindo que no dia 19 estaria no prédio. Fiquei até as 20h e não apareceu, sabedor que necessitava, pois no dia 21 inauguramos o consultório. Não sei o que fazer! Atenderemos sem os produtos, que permitem comunicação com os clientes. Já estamos pedindo desculpas para eles. Levei a Net para prédio onde sou síndico, mas já estou avaliando se vale a pena.
Reginaldo Amaral dos Santos
São Caetano

Viciadas!
Enquanto esperava para consulta médica observei duas mães com filhos que também aguardavam na mesma recepção. A primeira, com crianças de mais ou menos 3 anos; a outra, com garoto que já mostrava uns 12. Ambas teclavam nos celulares sem parar e riam sozinhas, bem empolgadas. A criança menor falava com a mãe todo tempo. Ela dizia: ‘Espera um pouquinho’. Até que a criança pediu para ir ao banheiro. Ela levantou-se, meio que brava, puxou a criança e quase tropeçou. A mãe da criança maior continuou a teclar e seu filho acariciava seu rosto, como se dissesse: ‘Eu te amo tanto, olha para mim!’ Fiquei muito triste com essas cenas e cheguei à conclusão de que a tecnologia é fantástica e, ao mesmo tempo, um perigo. Quem realmente está criando nossos filhos? Cadê a atenção de muitas mães com seus filhos? Que Deus tenha misericórdia de muitas mães, que não estão dando atenção necessária aos seus filhos. Lembrando que quando os pais não educam, o mundo faz isso da pior forma.
Rosângela Caris
Mauá

Alto custo
Como antigo militante da descentralização da distribuição de medicamentos de alto custo, e sobre o real motivo que emperra a concretização da tão almejada descentralização, digo que a verdade é que os gestores municipais têm receio de assumir a distribuição dos remédios, pois se o governo do Estado suspender o fornecimento, caberá ao município a responsabilidade pela compra dos mesmos, isso quebraria o já combalido orçamento de Saúde das cidades. Até o ano passado também existia o problema político, principalmente nos municípios governados pelo PT. Hoje, com a maioria dos prefeitos do PSDB, os ranços políticos deixaram de existir. Mesmo os países ricos não têm programas de distribuição de medicamentos como temos aqui, graças ao SUS. Com exceção à quimioterapia oral, nenhum convênio oferece medicamentos. Acredito que na próxima reunião do GT de Saúde do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC a descentralização finalmente será aprovada, e dessa forma milhares de pacientes serão beneficiados. Confio no governo estadual e nos atuais secretários municipais de Saúde.
Roberto Canavezzi
São Caetano
 




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