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São Caetano
Auricchio prevê receita de R$ 850 mi em 2017

Prefeito de S.Caetano diz que Orçamento de Pinheiro foi superestimado: ‘Desmontaram o Paço’

Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
20/01/2017 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), estimou ontem que a “receita real” do município para 2017 chegará aos R$ 850 milhões, quase meio bilhão a menos do que o previsto na peça orçamentária produzida pelo antecessor, o ex-prefeito Paulo Pinheiro (PMDB), de R$ 1,3 bilhão. Para o tucano, a arrecadação foi “superestimada”.

Duas semanas depois de voltar ao comando do Palácio da Cerâmica após quatro anos fora, Auricchio fez balanço dos primeiros 15 dias de governo, em evento realizado no auditório do DAE (Departamento de Água e Esgoto). Em tom ameno e evitando ataques diretos a Pinheiro, o tucano fez várias acusações sobre a administração do peemedebista. “Desmontaram o Paço”, resumiu o prefeito, que apresentou slides com medidas de austeridade já tomadas a uma plateia formada por servidores, vereadores e secretários.

“Temos flagrantes supervalorizações da receita. São números de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e outros tributos que a gente sabe que são intangíveis”, avaliou.

O chefe do Executivo disse ainda que fechará este ano com deficit financeiro em torno de R$ 200 milhões. “Precisamos ter uma economia de, no mínimo, R$ 200 milhões para tentar fechar o ano. Estamos num descompasso entre receita e despesa; 60% (da arrecadação) são gasto com folha de pagamento e 50% com custeio. Ou seja, 10% deste orçamento será deficit.”

Auricchio não divulgou dados fechados sobre restos a pagar que herdou da gestão Pinheiro. O tucano argumentou que “ainda é cedo” para apresentar esses números e que atuará junto ao TCE (Tribunal de Contas do Estado) para chegar a essa conclusão. Há quatro anos, ao assumir o Paço, Pinheiro acusou Auricchio de deixar “dívida histórica” na cidade. “Histórica é a desorganização que deixaram a cidade. Não vou entrar nesse debate até porque não me interessa”, contemporizou Auricchio.

SEM INVESTIMENTOS
A análise do tucano é que, com o contingenciamento de 21% do Orçamento, como antecipou o Diário no dia 7, será possível equilibrar as contas da Prefeitura. Pelos cálculos do prefeito, o congelamento da peça orçamentária vai gerar R$ 200 milhões em economia, suficientes para cobrir o rombo, mas curtos demais para permitir investimentos. “Vamos perseguir esse valor. Com enorme chance de não cumprirmos, mas como brasileiros, vamos acreditar”, frisou.

Auricchio também falou sobre a renovação por mais dez anos da concessão das linhas de ônibus municipais à Vipe (Viação Padre Eustáquio), às vésperas do fim do mandato de Pinheiro. Como o Diário mostrou na sexta-feira, o tucano levará a renovação do contrato para o Ministério Público. Porém, não disse se vai ou não revogar o convênio. 




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