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Sábado, 27 de Abril de 2024

Ele documenta os casamentos no cartório centenário
Ademir Medici
11/01/2017 | 07:00
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 No sábado, ao chegarmos ao Cartório de Registro Civil de São Caetano, na Rua Pará, a primeira pessoa que encontramos foi Renor Lojudice. O que nos chamou a atenção foi o logotipo da sua camisa: Foto Guerrero. Ele estava na calçada.

– O Dr. Lázaro chegou?

– Chegou sim. Está celebrando. É só subir a escada.

Renor Lojudice. Nem sabíamos o seu nome. Mas o logo da camisa, esta marca faz história. Quem teria sido o primeiro fotógrafo nesses 100 anos de cartório!

Renor não tem a resposta, mas lembra de um dos juízes de paz mais antigo, João Rela.

– O “homem da capa preta”, adianta Lázaro Cunha, o juiz de paz.

– Renor, precisamos fazer uma foto sua para a página Memória.

– Mas eu não saio bem em foto.

Tiramos várias. Escolhemos esta, na esperança de que o repórter-fotográfico Renor Lojudice, criterioso, habilidoso, gentil e firme com os fotografados, dê ao menos nota 4, quem sabe 5.

 

É preciso combater os picaretas

Renor Lojudice tem toda uma história de vida em São Caetano. Aqui nasceu, em 23 de novembro de 1938. Era menino, 9 para 10 anos, quando seu tio, Antonio Lojudice, participou do movimento autonomista. Uma das lideranças.

Pois Renor é do Centro de São Caetano. Nasceu na Rua Pitaguares, número 7, hoje incorporada pela Major Carlos Del Prete. A fotografia faz parte da sua vida também, desde meninote. Uma longa história.

O irmão, Rubens, foi um dos cinco fotógrafos que saíram do antigo Foto Brasil, estabelecimento de Juvenal França Gomes. Com Juvenal, Rubens aprendeu a arte fotográfica. Naquele tempo, as fotos em preto e branco eram coloridas à mão. Oito anos como empregado.

Ao sair, em 1958, inaugurou o Foto Guerrero, com um sócio. O negócio prosperou. Quando Renor associou-se ao irmão, o Foto Guerrero tinha o privilégio de cobrir os carnavais de todos os salões da cidade. E que carnavais eram aqueles, de muitos salões e muita concorrência.

E dá-lhe cobertura social. Tempo das máquinas Rolleiflex, “muito melhores em nitidez”, testemunha Renor.

– A digital é muito boa também, só que acabou com os profissionais. Precisamos combater os picaretas.

Nos áureos tempos, o Foto Guerrero empregou muitos profissionais. Era preciso ter gente para cobrir, ao mesmo tempo, tantos salões e tantas cerimônias. O tempo do celular demoraria.

Hoje Renor Lojudice trabalha com a mulher, Vera. Toda sexta e todo sábado está na Rua Pará, para os casamentos no civil. Nós nos admiramos, ele já se acostumou. Muitos pais que tiveram seus casamentos cobertos por Renor Lojudice o reconhecem quando do casamento dos filhos.

Geração a geração. Uma herança fotográfica. Os álbuns carinhosamente elaborados. A marca Guerrero nesta e naquela foto. Na era do digital, todas as fotos são impressas e guardadas para sempre? Ou são deletadas, de acordo com o humor do freguês?

 

Escola Amaral Wagner convida...

 

Há vários dias estamos retornando 55 anos no tempo, para janeiro de 1962, de posse do convite de formatura dos ginasianos da Escola Amaral Wagner, de Utinga, Santo André.

Já relacionamos os professores e os bacharelandos. Hoje destacamos a comissão organizadora da formatura; formatura marcada para princípios de fevereiro daquele ano, com missa no final do janeiro.

Imaginamos que a maioria dos jovens estudantes de então tenham guardado esta verdadeira relíquia, que é o convite de formatura.

A comissão esteve assim formada:

Orivaldo Lucido, presidente geral.

Jaime Rubistein.

Maria Alice Tavares Vigário.

José Carlos Fernandes.

José Da Rosa.

Cássio José Suozzi de Mello.

Daiytiro Akamini, tesoureiro geral.

Jorge Junzi Okubaro, hoje escritor, jornalista e editorialista do Estadão.

Elza Ueda.

Celestino Rodrigues.

Alcides de Oliveira Rocha.

Carlos Alberto Grazioli.

José Tardochi Filho e Alberto Adamastor, diretores sócio-culturais.

 

Acervo: Douglas Piccolo

 

Continua...

 

Diário há 30 anos
Domingo, 11 de janeiro de 1987 – ano 29, edição número 6338

Manchete –Conselho de Desenvolvimento Econômico (CDE) discute dívidas dos municípios

São Bernardo – Projetado um novo cemitério. Particular. Às margens da Represa Billings. O Diário questiona: pode ser nova fonte poluidora. E o projeto não saiu do papel.

 

Em 11 de janeiro de...
1902 – João Baptista de Oliveira Lima nomeado coronel da 91ª Brigada de Infantaria da Guarda Nacional, conforme diploma assinado pelo presidente da República, Campos Sales.

Pelo decreto 995, o governo do Estado declara emancipado o Núcleo Colonial de São Bernardo, fundado em 1877.

1917 – A guerra. Do noticiário do Estadão: a decisão da Rússia, tudo pela guerra.

1922 – Fundado, em São Caetano, o Grêmio Recreativo Ideal, que depois adotaria o nome de Clube Comercial.

1962 – Falece Adolpho Kirstens, um dos moradores pioneiros do Distrito de Utinga, em Santo André.

1972 – São Bernardo vence o Piracicabano por 55 a 51 e sagra-se campeão estadual juvenil de basquetebol feminino, revelando de vez nomes como Narcisa, Rosana e Telma. O jogo foi realizado em São Caetano, no Ginásio Lauro Gomes.

Dr. Ivanhoé Sposito assume a direção da Faculdade de Medicina da Fundação Universitária do ABC, a FUABC. Substitui a Wanderley Nogueira da Silva.

 

Hoje
Dia do controle da poluição por agrotóxicos.

 

Santos do Dia
Higino (o santo da estampa) viveu entre a segunda metade do século 2 e o início do século 3. Como papa (anos 136-140), estruturou os serviços da Igreja e instituiu as ordens menores, visando a uma melhor preparação dos sacerdotes.

Teodósio

Sálvio

Honorata

 

Municípios Brasileiros
Celebram seus aniversários em 11 de janeiro:

Em Tocantins, Barrolândia.

Na Paraíba, Varzea.




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