Policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) prenderam Wellington Aparecido Pascoal, de 59 anos, que atuava principalmente em bairros da zona sul, como Morumbi. Ele liderou o assalto à casa de Ribeiro. A prisão aconteceu em Paraisópolis, também na zona sul. Ele era procurado há 15 dias, quando outros dois integrantes do bando foram detidos.
A quadrilha passou a ser monitorada pela polícia depois da invasão da casa de um empresário no Morumbi, no dia 15 de novembro. O bando usava carros de luxo nos roubos.
De acordo com o delegado Ronaldo Sayeg, titular da 4º Delegacia de Investigações sobre Roubo a Condomínio, o carro de luxo Mercedes-Benz GLK utilizado pela quadrilha foi o ponto de partida para identificar a autoria dos crimes. O veículo foi deixado em uma rua no Butantã, na zona oeste, após o crime. A ideia dos bandidos era deixar "esfriar" para ir buscar o carro depois.
Os policiais chegaram ao local no momento em que os integrantes da quadrilha retiraram o veículo. A dupla percebeu a ação da polícia e fugiu, mas deixou objetos roubados e o celular de um dos criminosos. Foi neste equipamento que a polícia conseguiu recolher informações, ligações e até fotos dos produtos roubados, que eram oferecidos aos receptadores pelo Whatsapp.
Com as informações a polícia chegou a casa de dois envolvidos, moradores no Rio Pequeno e Jardim Guaraú. Os objetos roubados de três vítimas - duas moradores do Morumbi e um diplomata de Angola - foram recuperados.
Cunhado
Ribeiro foi alvo do assalto no dia 15 de novembro. A quadrilha invadiu a casa, e após agredi-lo e ameaçá-lo de morte, fugiu com joias, relógios e uma arma do local. De acordo com informações do boletim de ocorrência, o roubo teve início às 3h50 quando um vigilante da casa foi rendido e amarrado com pulseiras de plástico por dois ladrões.
Com capuz e armados com revólveres e pistolas, os criminosos avisaram a comparsas por "um ponto" que eles poderiam descer para a residência. Dois outros assaltantes abriram o portão entraram no local na sequência com um carro modelo Mercedes, de placas EQN-5445; a polícia suspeita que o veículo seja clonado, já que não há queixa de roubo.
Do carro, desceu um outro homem, também de capuz, e entregou um fuzil à dupla que havia chegado ao local primeiro. Nesse momento, Ribeiro estava dormindo no seu quarto, que teve a porta arrombada pelos homens. Em depoimento prestado à polícia, o empresário disse ter sido agredido com um soco no peito e ao levantar foi atingido com um soco no estômago, quando "colocaram um arma em sua cabeça". Ele disse ter contado três ladrões no interior do seu quarto.
A empregada doméstica da residência também foi rendida na sequência. O bando pediu o segredo do cofre do empresário e, diante da informação de que ele não teria a sequência, ameaçaram matá-lo. Logo depois, um deles pegou um pé-de-cabra e retirou o cofre pequeno da parede. Joias, relógios e um revólver calibre 38 foram levados. As vítimas estimam que a ação tenha levado 15 minutos.
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