O anúncio foi feito pelo secretário geral da ONU, Kofi Annan, após uma reunião mantida em Madri com o secretário de Estado norte-americano Colin Powell, com o responsável pela política externa da UE, Javier Solana, o ministro russo de Relações Exteriores, Igor Ivanov, e o chanceler espanhol Josep Piqué.
As quatro partes pedem uma "aplicação imediata das resoluções 1.402 e 1.403 do Conselho de Segurança da ONU", que determinam um cessar-fogo e o fim da violência dos atentados no Oriente Médio, disse Annan lendo um comunicado conjunto elaborado pelos Estados Unidos, Nações Unidas, União Européia e Rússia.
A retirada das tropas israelenses deve "incluir Ramallah e o quartel general do presidente palestino Yasser Arafat", continua o comunicado, assinalando ainda que as partes concordaram em "coordenar suas atividades no Oriente Médio".
As quatro partes pedem também ao presidente Arafat que "faça o máximo de esforços possíveis para pôr fim aos atentados terroristas contra israelenses inocentes e utilize sua autoridade para convencer o povo palestino de que toda ação terrorista deve cessar imediatamente".
"A violência, sob todas as suas formas, é contraproducente" no Oriente Médio e "desvia a perspectiva de dois Estados vizinhos e soberanos", afirmou Powell, antes de insistir sobre a urgente necessidade de acabar com as hostilidades na região.
"O que deve acontecer agora é o fim da violência, que desestabiliza a região e destrói esta perspectiva" de dois Estados, acrescentou ao reiterar o apelo norte-americano para o "abandono, por parte do exército israelense, de suas atuais operações" nos territórios ocupados.
"Estamos pedindo hoje o fim da violência e o fim da resposta à violência", afirmou o secretário de Estado, ao esclarecer que na reunião de Madri não foi analisada a possibilidade de aplicar eventuais sanções a Israel.
Powell reiterou ao mesmo tempo uma proposta de seu governo para enviar observadores ao Oriente Médio que sejam aceitados por israelenses e palestinos, mas considerou prematuro falar de sanções contra Israel se não cumprir as resoluções da ONU.
Piqué, por sua parte, disse que a União Européia estuda a possibilidade de convocar o Conselho de Cooperação dos Quinze (países membros da UE) com Israel, onde se analisaria uma situação que possa justificar a adoção de sanções, mas considerou também "prematuro ir mais adiante", mostrando confiar na missão de Powell.
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