Os deputados federais do PMDB do Rio de Janeiro e o senador Sérgio Cabral Filho decidiram, em uma reunião que terminou na madrugada desta quarta-feira, assinar o requerimento para a abertura de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) na Câmara e no Senado para investigar o caso Waldomiro Diniz. O secretário de Segurança Pública do Rio, Anthony Garotinho, participou do encontro com os 13 peemedebistas fluminenses em um hotel de Brasília.

Com a decisão da bancada do PMDB, partido aliado ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ganha força a possibilidade de abertura de uma CPI no Congresso para avaliar as denúncias. Waldomiro, ex-subchefe para Assuntos Parlamentares da Presidência, foi flagrado em 2002 pedindo propina ao bicheiro Carlinhos Cachoeira. O dinheiro seria usado para financiar campanhas petistas e da atual governadora do Rio, Rosinha Matheus (PMDB) — esposa de Garotinho.

O secretário de Segurança defendeu durante o encontro que o senador Sérgio Cabral deveria esperar mais tempo antes de assinar o requerimento da CPI no Senado. Waldomiro começou a trabalhar na Loterj durante o governo Garotinho, por indicação do PT, e seguiu no cargo após os petistas partirem para a oposição no Rio.

A bancada do PMDB fluminense avaliava ser difícil ser contra CPIs no Congresso, pois apoiou a investigação na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro.