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Segunda-Feira, 29 de Abril de 2024

Economia
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Medida
Governo desonera setor industrial

Mantega afirmou que vai zerar contribuição
sobre a folha de pagamento para fábricas

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
10/03/2012 | 07:15
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo vai ampliar a desoneração da folha de pagamento do setor industrial. Ele fez a declaração após ter se reunido com empresários do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) ontem em São Paulo. "Vamos ajustar as tarifas de modo a reduzir o custo do trabalho para o empresário brasileiro", disse. Ele afirmou que todos os setores industriais que quiserem poderão participar dessa nova rodada de desoneração.

Mantega informou ainda que está conversando com empresários, convidando novos setores a entrar e está discutindo qual alíquota substituirá o pagamento do INSS. "Vamos zerar o pagamento do INSS, 20% sobre a folha, e estamos discutindo qual a alíquota que vai incidir sobre o faturamento", afirmou.

Ele lembrou que "começamos com 1,5%, foi experimental com quatro setores e agora estamos discutindo a alíquota e ampliando o número de setores que serão abrangidos". "Mas certamente será uma alíquota que va beneficiar o setor produtivo. Quer dizer, reduzir o custo e dar vantagens em relação aos produtos importados, que vão pagar o equivalente a essa alíquota", disse.

O ministro não quis se comprometer com o prazo de duração da desoneração. Limitou-se apenas a dizer que será longo. "Começamos com um ano, mas estamos discutindo com os setores a questão do prazo", afirmou Mantega.

BEM-VINDA - A intenção de desonerar a folha de pagamento foi bem recebida por representantes do setor industrial do Grande ABC. Para o diretor adjunto da regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) em Santo André, Shotoku Yamamoto, a medida vai beneficiar as pequenas e médias empresas, que são, em sua maioria, "de mão de obra intensiva", ou seja, cuja folha de pagamento representa muito em sua formação de preço dos produtos.

O dirigente acrescenta que o benefício vai depender ainda da alíquota a ser fixada sobre o faturamento, por exemplo, com o aumento da Cofins. "Vai valer a pena se (a alíquota) for baixa", afirmou. Ele também concorda que será uma melhor forma de enfrentar os produtos do Exterior. Isso porque as empresas importadoras passarão a pagar tributação maior.

CÂMBIO - O ministro também assegurou que o real não vai continuar se valorizando a ponto de prejudicar o setor produtivo do Brasil. "Na conversa que tivemos com os empresários do Iedi, a principal demanda da indústria de transformação é em relação ao câmbio, que traz desvantagem para os produtos brasileiros em relação aos importados", destacou.

Sobre essa questão, Mantega disse ter afirmado aos empresários que o governo já tem agido bastante, tanto que a taxa cambial já teve melhora desde o segundo semestre do ano passado. "Vamos continuar agindo e posso garantir que o câmbio não estará se valorizando e prejudicando os produtos brasileiros", afirmou.

Ele reiterou que "vivemos crise mundial, que vem desde 2008 e atinge o mundo todo, não só o Brasil" e isso leva a intensificação da concorrência, que muitas vezes chega a ser desleal. (com AE)




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