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Casos de hepatite B crescem 42,1%

Dados da Secretaria Estadual de Saúde mostram que a
região teve 226 diagnósticos realizados no ano passado

Cadu Proieti
Do Diário do Grande ABC
09/03/2012 | 07:00
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Os casos notificados de hepatite B aumentaram 42,1% no Grande ABC comparando os anos de 2010 e 2011, segundo informações da Secretaria Estadual da Saúde. O número de infectados subiu de 159 para 226. Já a hepatite C teve crescimento pouco expressivo, de 444 em 2010, para 455 no ano passado, resultando em aumento de 0,2%.

Os vírus B e C da hepatite são os mais perigosos porque o paciente só apresenta sintomas quando a doença já está em estágio avançado (saiba mais no quadro abaixo). "É muito silenciosa. É importantíssimo que seja detectado rapidamente e o tratamento comece no inicio. O ideal é fazer testes uma vez por ano para detectar a presença do vírus, iniciando o tratamento o mais rápido possível", explica o professor de Infectologia da Faculdade de Medicina do ABC Munir Akar Ayub.

Para o especialista, o aumento dos números é justificado pela modernização da medicina nos últimos anos. "Até algum tempo atrás não tinha tratamento, agora tem. Não há maior incidência da doença, mas sim mais notificações. Antes, os casos não eram acompanhados e o controle da doença era incerto", afirma.

Ayub diz que a quantidade de infectados pela hepatite é bem maior do que o divulgado. "Tem muito mais. O esperado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) é que metade da população tenha o vírus. A maioria dos casos não é notificada porque as pessoas não sabem da doença e nem chegam a procurar o médico."

Após resultado positivo comprovado por exames, o médico indica tratamento adequado. Além dos medicamentos (quando necessários), é recomendado corte no consumo de bebidas alcoólicas pelo período mínimo de seis meses e remédios para aliviar sintomas como vômito e febre.

Pesquisa feita pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos aponta que a hepatite C já causa mais mortes no o país norte-americano do que a Aids. Os pesquisadores descobriram que a taxa de mortalidade associada à doença aumentou de quase três por 100 mil, em 1999, para cinco por 100 mil habitantes, em 2007. No mesmo período, as mortes por Aids apresentaram redução de seis por 100 mil para quatro por 100 mil.

"Atualmente, a Aids já possui tratamento avançado e é difícil morrer por causa dela. Já a hepatite, as pessoas só descobrem que têm quando já está em fase adiantada. Em países mais desenvolvidos isso acontece ainda mais, porque o tratamento contra a Aids é bem mais evoluído", adverte Ayub.




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