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Segunda-Feira, 29 de Abril de 2024

Romaria leva 1.500 a Aparecida e arrecada 7,5 t de alimentos
Deborah Moreira
Do Diário do Grande ABC
16/10/2010 | 07:10
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A 8º Romaria de São Caetano a Aparecida do Norte arrecadou sete toneladas e meia de alimentos não perecíveis que serão entregues a instituições de caridade. Eles foram doados por 1.500 pessoas que garantiram seus lugares em um dos 31 ônibus que sairão da cidade amanhã, antes mesmo de amanhecer, às 4h, rumo à cidade santa. Todos pagaram o valor simbólico de R$ 10 e cinco quilos de alimentos.

O grande responsável pelo feito é José Zuca Saturnino, 60 anos, mais conhecido como Zuca Chapéu, que organiza a caravana com apoio de amigos. Paraibano de Pinhacó, no sertão nordestino, começou a fazer a romaria há oito anos, por sugestão de um amigo. Mas a devoção por Nossa Senhora Aparecida é bem mais antiga.

Aos 19 anos, chegou em São Caetano com um cunhado, que já trabalhava na cidade com outros dois dos 13 irmãos de Zuca. Todos se tornaram metalúrgicos menos ele, que entrou no ramo da construção civil como servente de pedreiro e se tornou empreiteiro. Em 1982, chegou a ter 500 funcionários registrados. Em 1993, acabou vendendo a empresa depois de uma crise financeira. Mesmo assim, se considera um vitorioso e um homem religioso e protegido.

Mas, para garantir a proteção, usa pulseiras e anéis de prata para combater o estresse. "Foi uma pessoa que considero como se fosse um médico quem me disse isso, quando passei por dificuldade (na década de 1990) e muito estresse. Nunca mais deixei de usar", lembrou.

Outro acessório que não tira nunca é o chapéu, até já incorporado no nome. "Só tiro para entrar na igreja, no fórum e para dormir. Mas tem padre que pede para que eu o coloque para tirar foto comigo", revelou.
Foi em 1971 que ganhou a imagem da santa de Dona Mocinha, senhora que morou na propriedade de sua família em Pinhacó, mantida até hoje, que também veio para a região. "Ela me tinha como filho e decidiu ir embora. Antes de ir, me deu a imagem, que tenho até hoje, dizendo que ela me protegeria", afirmou.

Atualmente, Zuca é comerciante, dono de uma padaria, no bairro Oswaldo Cruz e administra obras. Uma delas está em fase final: dois edifícios, de 15 andares cada, erguidos com seis sócios que estão em fase final. "Sou um devoto como outro qualquer. Já fui assaltado, passei dificuldade. Não há um grande milagre a ser contado. Se há, é o milagre de ter prosperado com muito trabalho. Por isso tenho que ir todos os anos agradecer a ela", contou emocionado ele, que atribui as "graças" alcançadas à Padroeira do Brasil.

Casado com uma prima de terceiro grau, pai de três filhos, prometeu visitar Dona Mocinha depois da romaria, no interior paulista, onde vive com uma filha e "deve estar com seus 85 anos", estimou Zuca.




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