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Urbanização
Moradores lutam para repasse de recursos para obras

No bairro Jardim Zaíra, em Mauá, associação do Macuco, com 450 integrantes, entra com manifestação

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
01/10/2016 | 07:00
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Celso Luiz


Inconformados com a demora das obras de urbanização, moradores do Jardim Zaíra em Mauá, pleiteiam a liberação de recursos do governo federal para a concretização. O projeto, datado de 2013, ainda não foi concluído. Moradores entraram com representação no Ministério Público Federal.

A autoria do documento é de integrantes da Adehab (Associação para o Desenvolvimento Habitacional do Brasil), que mantém 450 associados na região. Fundado em 2005, o movimento sempre se preocupou com o crescimento do bairro. “ Fizemos audiência pública e seminários para explicar a importância de uma grande obra aqui. Meu interesse é segurança para todos os meus amigos que moram no local”, afirmou o coordenador Jovenildo Lopes Soares, 61 anos, que também é morador do bairro, há cinco décadas.

A manifestação pede que os recursos sejam liberados, já que o projeto está aprovado e licitado. O documento também cita as vítimas de deslizamentos e o mapeamento das áreas de risco. Uma das preocupações é que o valor de toda a obra, que atualmente tem previsão de R$ 79,1 milhões, fique defasado. O documento está cadastrado na Procuradoria da República de São Bernardo e pode se converter em processo.

“Tudo isso é baseado em extenso trabalho que realizamos. Não fazer estas obras é um risco para os moradores. A crise econômica não justifica fazer algo assim (a falta de liberação de verba)”, afirmou Soares.

Conforme levantamento da associação, a estimativa é a de que cerca de 8.000 famílias vivam na área. “Nosso interesse é que a urbanização favoreça o morador e os donos de comércio da região”, contou João Carlos Favaro, 51, comerciante e integrante da associação.

O pedreiro Almak Motta Cerqueira, 68, é natural da Bahia e chegou à cidade há cerca de 40 anos. “Quando cheguei aqui não tinham nem asfalto e muito menos luz elétrica. Já melhorou muito, mas ainda faltam coisas básicas para as famílias. A obra de urbanização ia fazer toda a diferença.”

A Prefeitura de Mauá informou que não recebeu nenhuma notificação por parte do Ministério Público sobre o assunto. A administração afirmou que o prefeito em exercício, <CW-24>Helcio Silva, e o secretário de Obras, Luiz Carlos Theóphilo, estiveram em Brasília no dia 15 de setembro levando esse pleito até o Ministério das Cidades, “que já aprovou o projeto, mas até agora os recursos não foram liberados”, ressaltou, em nota. “ Nesse encontro ficou acordado que o ministério iria analisar esse e os demais projetos de Mauá já aprovados e se posicionaria, mas não deu prazo para isso”, completou. A administração encerrou o cadastramento dos moradores.

Questionado sobre o assunto, o Ministério das Cidades informou que a documentação referente à primeira etapa dessa operação, no valor aproximado de R$ 38 milhões, foi recebida e analisada pela área técnica desta Secretaria Nacional de Habitação em novembro de 2015 e deverá ser encaminhada à apreciação do secretário executivo. A Pasta afirmou que está revendo as disponibilidades orçamentárias e financeiras “com o fito de assegurar os recursos necessários ao andamento das obras ou etapas de obras já iniciadas”, disse, em nota.

A urbanização vai passar por três etapas e inclui novas 2.100 unidades habitacionais, sendo que 1.300 deverão ser construídas fora do bairro.  




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