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Terça-Feira, 30 de Abril de 2024

Venda do comércio
supera expectativas
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
05/01/2011 | 09:56
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A manutenção dos empregos e a alta oferta de crédito em 2010 fizeram com que o comércio crescesse 10,3% no ano passado. Dados da Serasa Experian mostram que o índice alcançado é um dos melhores obtidos pelo setor, perdendo apenas para 2007 quando marcou aumento de 15%. Dezembro também alcançou desempenho acima da expectativa, fechando o período com elevação de 13,7% nas vendas segundo a ACSP (Associação Comercial de São Paulo). A previsão era de atingir alta de 12%.

O Grande ABC acompanhou o movimento. Dados da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André) apontam que o número de consultas aos órgãos de crédito em dezembro registrou 12% de aumento em relação ao mesmo período de 2009. Para o superintendente da entidade, Luis Antonio Sampaio da Cruz, os números apontam que o varejo foi um dos pontos fortes de 2010 e que deve seguir como destaque neste ano.

"A expectativa é que a economia se mantenha, apesar dos sinais de que podemos ter problemas se o governo não agir no controle da inflação. Outro fato é a economia no restante no mundo, que interfere. Ainda temos dependência dos mercados externos e torcemos para que Estados Unidos e Europa melhorem a situação em que estão", diz.

O economista da ACSP Emilio Alfieri mostra preocupação com os pacotes para conter a inflação apresentados pelo BC (Banco Central). Em dezembro foram retirados R$ 61 bilhões do mercado que estavam disponíveis para financiamentos a longo prazo. A medida não agradou o varejo.

"A única ressalva neste número que fechamos é que o crediário vinha puxando as vendas até novembro e, em dezembro, as compras à vista foram destaque e superaram o número de consultas aos cheques, por exemplo. A única explicação que encontramos para essa mudança foi o anúncio dessas medidas que forçaram o consumidor a usar o 13º."

Para o gerente de indicadores de mercado da Serasa Experian, Luiz Rabi, o comércio dificilmente repetirá a marca neste ano. "Temos medidas já baixadas para conter o avanço do crédito. Há previsão de que a Selic (taxa básica de juros) seja aumentada. Isso faz com que a expectativa de crescimento fique em torno de 8%."

Mesmo após medidas restritivas, classes C e D seguem otimistas

Apesar de o governo ter retirado R$ 61 bilhões disponíveis no mercado de crédito, principalmente para as classes C e D, que atualmente são amparadas por financiamentos, é essa a faixa de renda que mais acredita que 2011 será um ano muito melhor do que 2010, segundo revela pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência, intitulada "Barômetro Global de Otimismo.

De acordo com o levantamento, 75% da população que ganha entre um e três salários-mínimos afirmam que 2011 será o ano da virada, enquanto que 73% das famílias brasileiras com rendimentos mais altos, pertencentes às classes A e B, apostam em melhora nas condições de vida. Já na classe C, menina dos olhos do mercado varejista e chamada de nova classe média, o percentual cai para 72%.

BRASIL - Em números gerais, levando em consideração todos os brasileiros sem divisão por renda, cerca de 73% da população está otimista em relação a 2011 e de que ele será melhor do que 2010.

Em relação à média global (42%), o resultado apurado no Brasil é 31 pontos percentuais maior, o que faz com que o País apareça na lista dos mais otimistas do mundo perdendo apenas para a Nigéria, que obteve média de 83% e empatando com o Vietnã - onde o percentual também foi de 73%. Mesmo a China, que cresce a passos largos dentro os maiores mercados, conseguiu marcar 67% no otimismo da população, enquanto Gana teve 64%, e Argentina e Bangladesh 60%. (da Redação)




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