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Sábado, 27 de Abril de 2024

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Vereadores do PTB inclinam liderança para aliados

Trio argumenta que abrir a função a aliados amplia o fronte
de defesa do PTB, justificativa pouco convincente na Câmara

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
23/02/2012 | 07:15
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Nario Barbosa/DGABC


Diante da saia justa da administração Aidan Ravin (PTB), em Santo André, com dificuldade para encontrar substituto para o vereador Donizeti Pereira (PV) na liderança do governo, a bancada do PTB no Legislativo, composta por três parlamentares, defende que o posto tem de ficar para a base de situação.

O trio argumenta que abrir a função a aliados amplia o fronte de defesa da gestão petebista, justificativa pouco convincente na Câmara. Ventila-se no Legislativo que o governo patina e é difícil defendê-lo.

Com o prazo de interino do verde perto de expirar - a princípio até o dia 1º, a pedido do PV -, o plano B do governo frente à saída de Donizeti limita-se a ocupar a função com um dos petebistas de forma temporária, até que algum dos partidos governistas feche parceria para a eleição de outubro. O PV deliberou a seu representante na Casa que deixe a função para ficar à vontade para fazer o acordo necessário para o pleito.

Defendendo a entrega da liderança de governo a outra legenda para ampliar o leque aliado, o vereador Ailton Lima (PTB) avalia que o entrave para achar um vereador para a função está na indefinição do cenário pré-eleitoral. Há siglas independentes, que podem ter candidatos. Segundo ele, as legendas não querem sinalizar proximidade com o governo em momento de tratativas. "Vejo como uma estratégia eleitoral. Por conta do assédio, o partido não permite que o vereador aceite assumir o posto para não afastar as negociações."

O governo Aidan sofreu o mesmo tipo de imbróglio no Legislativo no início da administração. Ao vencer sem aliança a eleição de 2008, em panorama desfavorável, precisou colocar o vereador Israel Zekcer (PTB) como ‘tampão' na função até construir maioria na Câmara. O petebista, marido da vice-prefeita Dinah Zekcer, exerceu o papel por dois meses e depois passou o bastão para o tucano Marcelo Chehade.

Apesar de alguns parlamentares terem sido cogitados por pessoas próximas ao chefe do Executivo, Israel sustenta que, mesmo diante da indefinição do quadro, não há qualquer constrangimento. "Não foi oferecido (oficialmente) a nenhum partido. Dá para resolver isso sem correria. Até porque acredito que o PV está perto de firmar acordo com o Aidan." O petebista avalia que outros partidos deveriam participar do processo. "Acho chato alguém do PTB precisar assumir a liderança."

O vereador Gilberto do Primavera (PTB) considera que o impasse do apoio ao governo apenas distancia PSDB e PMDB por terem lançado pré-candidatura própria, com o vereador Paulinho Serra e o ex-secretário de Gabinete da Prefeitura Nilson Bonome, respectivamente. Ele cita que PSB e DEM (com cinco parlamentares) estão aptos para formarem defesa do Paço. "Há problemas partidários mais complicados, mas já se tem desenho eleitoral. Não é falta de matéria-prima."




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