O presidente da Câmara, Betinho Duarte (sem partido), afirmou que o aumento poderia ser até maior se fossem consideradas as perdas inflacionárias desde 1995, data do último reajuste dos vereadores. Os demais servidores da Casa também receberão reajuste de 24%, dividido em quatro parcelas. No total, as despesas da Câmara devem aumentar em R$ 6 milhões.
O Tribunal de Contas de Minas Gerais já emitiu parecer negativo em relação ao reajuste, mas os vereadores já sinalizaram que estão dispostos a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir o aumento.
Mas há vereadores que são contra o aumento de seu próprio salário. “Estamos prestando um desserviço à democracia”, afirmou o vereador Antonio Pinheiro (PV). Até mesmo a consciência daqueles que defendem o reajuste está ‘pesada’. “Em relação aos pobres do Brasil, não dá para ficar com a consciência tranqüila”, disse Betinho.
Governador — Na terça-feira, a Assembléia Legislativa de Minas Gerais apresentou um substitutivo ao projeto enviado pelo governador Aécio Neves (PSDB) no qual ele reduz o seu próprio salário, o do vice-governador, de secretário de Estado e de secretário-adjunto.
Segundo a proposta do deputado Antônio Júlio (PMDB), seriam fixados valores máximos e mínimos, entre os quais os titulares dos cargos poderiam escolher a sua própria remuneração. O salário mensal do governador, por exemplo, ficaria entre a variação de R$ 100, no mínimo, a R$ 6.930. Para secretário de Estado, varia de R$ 100 a R$ 4.620; e para secretário-adjunto, de R$ 100 a R$ 3.696.
A proposta ainda precisar passar por votação em plenário.
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