Definir Janis Joplin (1943–1970) como uma cantora de rock e blues, apenas, chega a ser quase que insignificante. Sua voz, poderosa, diga-se de passagem, alcançou muito mais do que o público de festivais como Woodstock, em 1969, mas também mostrou, por meio de seu jeito extravagante de ser, que ela podia sim quebrar preconceitos por uma sociedade. Lutou e foi quem quis e pôde ser. O filme Janis: Little Girl Blue, em cartaz em São Paulo apenas no Espaço Itaú, com direção de Amy J. Berg, mostra como ela dominou a cena musical em São Francisco, nos anos 1960 que, até então era em sua maior parte masculina. Seus tormentos internos, fragilidades, as risadas, vício em heroína e força também são retratadas no documentário, ilustrado ainda com cenas de bastidores e imagens de arquivo