Início
Clube
Banca
Colunista
Redes Sociais
DGABC

Domingo, 28 de Abril de 2024

Setecidades
>
Orçamento
Sem verba, UFABC tem obra paralisada

Metade do orçamento destinado a investimentos da universidade está contingenciada pelo MEC

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
11/07/2016 | 07:00
Compartilhar notícia
Marina Brandão/DGABC


O contingenciamento de metade do orçamento da UFABC (Universidade Federal do ABC) deste ano para investimentos por parte do MEC (Ministério da Educação) – o correspondente a R$ 21,35 milhões –, já prejudica o andamento das obras da instituição de ensino. Em entrevista ao Diário, o vice-reitor Dácio Roberto Matheus admite que as intervenções em andamento estão sendo replanejadas, o que pode significar atraso na entrega das melhorias e até paralisação da expansão.

Um dos projetos que estão parados à espera da verba congelada é a expansão do campus Santo André, iniciada em setembro de 2015. A Unidade Tamanduatehy, que corresponde a blocos em terreno localizado do outro lado da Avenida dos Estados, tem previsão de ser entregue em 2018, no entanto, a universidade só detinha recursos para a terraplanagem da área de 34 mil metros quadrados – aproximadamente R$ 10 milhões. “Preferimos aguardar o descontingenciamento para prosseguir, do que começar a erguer esqueletos e correr o risco de não ter como continuar e perder o trabalho já feito devido à deterioração”, destaca o vice-reitor.

Devido à sua complexidade, a construção do anexo deverá ser dividida em três etapas, tendo em vista que serão erguidos três prédios. O bloco H será destinado aos almoxarifados, o bloco I concentrará a maior parte dos 33 laboratórios, salas de aula, auditórios e um pequeno refeitório, e o bloco J reunirá as áreas administrativas, sala de docentes e salão para atos e eventos no térreo.

A conclusão do projeto inicial do campus Santo André segue prevista para dezembro, com seis anos de atraso, embora esteja em ritmo mais lento. “Apesar de ter orçamento garantido para essas intervenções, temos de negociar mensalmente com o MEC os repasses, o que acaba resultando em atrasos nas frentes de obra”, esclarece o vice-reitor. Ainda falta entregar o bloco cultural (C) e a torre do relógio (F – mirante e reservatórios de água), além de parte do bloco esportivo, totalizando R$ 20,5 milhões.

No campus São Bernardo, projeto de erguer prédio destinado à salas de aula, laboratórios e área administrativa, denominado bloco lambda, também está parado. Apesar de ter projeto executivo pronto, o espaço depende de R$ 3,4 milhões para sair do papel. A expectativa é de que apenas em 2017 isso possa acontecer.

Instituição não prevê impacto negativo em relação ao custeio


Embora o orçamento da UFABC (Universidade Federal do ABC) para custeio também esteja 20% contingenciado, o correspondente a R$ 9,3 milhões a menos do que os R$ 46,6 milhões previstos para 2016, o impacto não trará prejuízos em relação ao pagamento de fornecedores e serviços básicos como água e luz, conforme explica o vice-reitor, Dácio Roberto Matheus.

“Estipulamos algumas prioridades e cumprir os compromissos assumidos é uma delas. Além disso, foram necessários pequenos cortes em áreas como transporte, além de ações de economia de energia, água e até mesmo em viagens”, ressalta Matheus.

Para o vice-reitor, a situação da UFABC só não é pior porque a instituição é relativamente nova, com uma década de existência, e demanda menos recursos para manutenção. “Estamos trabalhando junto com as dez mais novas universidades do País frente ao MEC (Ministério da Educação) para tentar ponderar que merecemos atenção especial, porque ainda estamos em fase de consolidação”, diz.

UNIFESP
No fim de junho, o Diário destacou a situação difícil em que se encontra a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). A instituição só tem verba para atividades básicas, como pagamento de fornecedores e despesas com água, energia elétrica e manutenção das pesquisas nos seis campi até agosto. O campus Diadema precisa de R$ 2,5 milhões para fechar o ano, metade do total necessário. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.