Secretário de Saúde de Ribeirão Pires, o ex-vereador Gerson Constantino saiu do PSD e foi para o PMDB durante a janela partidária para continuar no arco de aliados do prefeito de Ribeirão, Saulo Benevides (PMDB). Segundo Constantino, a mudança ocorre porque ele está na briga para ser vice de Saulo. O prefeito, entretanto, afirma que seu companheiro de chapa virá de partido aliado.

Constantino não deixou a Pasta com seis meses de antecedência à eleição como exige a Justiça Eleitoral para quem irá se candidatar ao Legislativo. A decisão indica que o ex-vereador entrará de vez na briga para ser vice de Saulo.

A especulação se dá, segundo o secretário, por ele já ter participado de outras chapas majoritárias em eleições passadas. Em 2012, ele foi vice pelo PSD na chapa encabeçada pela ex-prefeita Maria Inês Soares (PT) – foram derrotados justamente por Saulo.

“Pode ser que um dia eu volte a fazer isso (compor em chapas majoritárias), mas hoje não tenho condições de responder. Meu nome está à disposição, está no mercado. Os concorrentes imaginam que, pelo fato de eu estar como secretário de Saúde, sou um nome em potencial para compor essa chapa. Mas hoje não há essa discussão”, considerou.

Questionado sobre a composição eleitoral, o prefeito demonstrou resistência tanto ao nome de Constantino quanto à possibilidade de outros dois peemedebistas cogitados nos bastidores: o ex-secretário de Desenvolvimento Paulo Silotti e o ex-secretário de Finanças Nelsinho do Fórum.

“Que informação mais estranha (de que Constantino poderia ser vice). A gente não discutiu isso ainda. Vamos discutir isso lá para junho, julho. Eu acho que a gente tem de abrir o leque para quem está em outro arco de alianças, para somar. Não dentro do nosso grupo. São bons nomes (os três), mas dificilmente seriam meus vice”, disse.

Constantino deixou a Secretaria de Meio Ambiente de Rio Grande da Serra para chefiar a Pasta da Saúde em Ribeirão, abandonando a gestão do prefeito Gabriel Maranhão (PSDB), afilhado político do ex-prefeito Adler Kiko Teixeira (PSB) – Kiko é pré-candidato ao Paço de Ribeirão Pires. A decisão se deu, de acordo como o secretário, pela possibilidade de a candidatura do socialista sofrer revés na Justiça Eleitoral: na época, Kiko tentava reverter no STF (Supremo Tribunal Federal) decisão do TCE (Tribunal de Contas do Estado) que rejeitou suas contas de 2004, quando ele era presidente da Câmara de Rio Grande. Ainda em janeiro, o ministro do STF Edson Facchin anulou o parecer negativo dado às contas do ex-prefeito.