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Saúde
Vacina contra gripe está em falta em clínicas particulares

Segundo relatos da população, as poucas doses
que chegam às unidades da região acabam logo

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
01/04/2016 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Encontrar a vacina contra o vírus Influenza A (H1N1) em clínicas particulares tem sido como achar agulha no palheiro: quase impossível. Com a grande incidência fora de época da gripe no Estado, os estoques de imunizações – com preço médio de R$ 100 a dose na região – acabam em horas.

São dois os tipos de vacina: a trivalente e a quadrivalente. As duas protegem contra três tipos de Influenza: o H1N1, o H3N2 e o B. Na quadrivalente também há proteção contra um outro vírus do tipo B, que circula nos Estados Unidos.

Na Clínica Pró-Saúde, localizada no Jardim do Mar, em São Bernardo, bastaram 60 minutos para que as 50 vacinas disponíveis fossem adquiridas, segundo a atendente. O aviso a quem procura é que a remessa, somente de tetravalente, está prevista para a próxima semana e, se a pessoa preferir, pode deixar o telefone para que seja informada sobre a chegada.

Em São Caetano, na Clínica Vital, a secretária pede que o interessado ligue a partir de quarta-feira para reservar a imunização.

Em Santo André, na LabHormon, instalada na Avenida Dom Pedro II, no bairro Jardim, a recepcionista contou que as 259 doses que chegaram na terça -feira, ao meio-dia, acabaram por volta das 17h. Com preço de R$ 88, a chegada de outro lote está prevista para terça-feira. “Mas é bom ligar antes”, orientou.

Nas clínicas percorridas pelo Diário, apenas duas tinham a vacina tetravalente disponível – ambas estavam lotadas. Na Clínica Pró-Imune, no Jardim do Mar, em São Bernardo, sem espaço suficiente para acomodar a demanda, muita gente precisou esperar do lado de fora, caso da professora Eliane Abrião Galante, 32 anos, que com a caçula de 9 meses nos braços e a primogênita de 10, aguardava há uma hora para ser chamada. “Antes de vir para cá, liguei em cinco clínicas e nenhuma tinha. Aqui a vacina é só para quem tem acima de 3 anos. Trabalho em escola e a preocupação é dobrada, por isso vou tomar também”, falou.

De acordo com funcionária da clínica, a imunização para menores de 3 anos chega hoje. As senhas para atendimento começam a ser distribuídas às 8h, com certeza de fila na porta, salienta ela. O valor da dose é de R$ 100.

Em São Caetano, a também Clínica Pró-Imune disponibilizava ontem a vacina tetravalente para crianças acima de 3 anos, “mas poucas doses”, destacou a atendente. A esteticista Daniele Escarim Madeira, 37, chegou a tempo de vacinar a filha de 5 anos. “Liguei em quatro clínicas e não encontrei. Vim trazê-la para tomar a segunda dose contra meningite B e aproveitar que tem contra a H1N1 para imunizá-la.”

No Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica, 50.782 doses chegaram ontem e serão distribuídas nas unidades espalhadas pelo Estado. Na região, estão localizadas em Santo André e São Bernardo.

Na rede pública de Saúde, a campanha de vacinação contra o vírus Influenza começará na próxima semana para os funcionários da área e, a partir do dia 11, para gestantes, pessoas acima de 60 anos e crianças entre 6 meses e menores de 5 anos.

Para os demais públicos-alvo (doentes crônicos, puérperas, indígenas, funcionários dos sistema prisional e a população privada de liberdade), a campanha seguirá o calendário do Ministério da Saúde, com início previsto para o dia 30.

 

Grande ABC já registrou ao menos três mortes pelo vírus H1N1

 

Neste ano, o Grande ABC registrou pelo menos três óbitos decorrentes da Influenza A (H1N1), sendo dois em Santo André e um em Mauá. Com pedidos da equipe de reportagem do Diário sobre os casos na cidade desde o início da semana, a Prefeitura de São Bernardo não retorna as solicitações, dificultando a prestação de serviço à população.

Em Diadema, o Executivo informou que há dois óbitos com suspeita de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), que pode ser causada por vários vírus respiratórios, inclusive H1N1. Um desses casos foi noticiado ontem pelo Diário. Ainda segundo a Prefeitura, neste ano foram 13 casos de SRAG, sendo um descartado.

Mauá teve quatro confirmados de H1N1. Em Ribeirão Pires, foram notificados com suspeitas da gripe seis pacientes, que estão em investigação e aguardam confirmação pelo Instituto Adolfo Lutz. Em São Caetano, são três casos confirmados da doença. Em Santo André, também foram três, sendo que dois evoluíram para óbito.  




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