A partir de sábado, as agências dos Correios do Paço de Santo André e do Poupatempo de São Bernardo deixarão de abrir aos fins de semana. A medida faz parte de plano anunciado pela estatal para reduzir gastos e tentar diminuir as dívidas. A meta é gerar economia de R$ 1,6 bilhão neste ano e, para isso, 685 de 700 agências de todo o País deixarão de funcionar aos sábados.

No Grande ABC, que possui 48 postos, cinco continuarão a operar aos fins de semana: Brasília (Diadema), Vila Assis Brasil, Zaíra (ambos em Mauá), Itamarati (Santo André) e Vila Pauliceia (São Bernardo).

Conforme os Correios, as demais agências, sejam elas franqueadas ou terceirizadas, já não operavam nesse dia da semana. É possível consultar endereço e horário de funcionamento da rede de atendimento no site www2.correios.com.br/sistemas/agencias/.

O balanço de 2015 da empresa ainda não foi concluído, mas no fim do ano passado, o presidente dos Correios, Giovanni Queiroz, estimava que o deficit da estatal chegaria a R$ 2 bilhões. Ainda conforme o presidente, muitas agências são deficitárias e com baixo fluxo de clientes aos sábados, o que teria motivado a medida.

Os Correios também estudam a possibilidade de fundir agências que estejam próximas, realocando os funcionários e fechando as que dão prejuízo. Ainda neste mês, projeto piloto deve começar a funcionar no Distrito Federal e depois pode ser levado para outras cidades do País. As agências também deverão reduzir o pagamento de horas extras, que no ano passado consumiram R$ 720 milhões. O corte pela metade dos gastos com publicidade e patrocínio, que no ano passado significaram R$ 380 milhões, também é objetivo dos Correios para economizar.

Para aumentar as receitas, os Correios vão começar a prestar os serviços de telefonia móvel virtual, chamada de MVNO (Mobile Virtual Network Operator). A concorrência para escolher a operadora de celular que irá fazer a parceria com os Correios para vender o chip com a marca da empresa será feita nesta semana. Com o serviço, a empresa pretende arrecadar R$ 282 milhões nos cinco anos de contrato. (com ABr)