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Domingo, 28 de Abril de 2024

'Força de um Desejo' começa bem
Do Diário do Grande ABC
11/05/1999 | 15:17
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Foi primoroso o primeiro capítulo de "Força de um Desejo", que a Globo exibiu onesta segunda, no horário das 6. Apesar de todo o esmero na produçao, com o objetivo evidente de virar o jogo da audiência em declínio, a emissora nao chegou aos 35 pontos esperados no Ibope. Pesquisa prévia registrou a média mais baixa do horário nos últimos tempos: 30 pontos na Grande Sao Paulo.

É certo que nao há grandes surpresas no resultado e ele apenas confirma uma tendência. A novela anterior, "Pecado Capital", estreou com 38 pontos. Em seis meses no ar, mal se segurou nos 28 e acabou com 34. É certo também que os telespectadores, hoje, estao divididos entre mais emissoras. Mas em se tratando de uma novela assinada por Gilberto Braga, com a promessa de resgatar para o horário o melhor do folhetim, havia no ar uma expectativa - e até mesmo torcida - de maior sucesso.

Para o público, o ibope nao tem importância. Ou, pelo menos, nao deveria ter. Mas o problema é que, se a história nao atrai audiência, a emissora exige mudança, o que, nesse caso, seria uma pena.

"Força de um Desejo" tem tudo para agradar a quem realmente gosta de novelas. Uma história cheia de intrigas, bem ao estilo que consagrou Gilberto Braga, cenários belíssimos e seqüências bem dirigidas. Nao há nada de inovador, de mirabolante, nenhum elemento que já nao seja velho conhecido de outras tramas do gênero. No elenco, ninguém deu um show, mas também ninguém fez feio. Também nao houve cenas de violência ou de sexo apelativas. Enfim, tudo esteve na medida certa, como a velha e segura receita de bolo da vovó. E talvez esteja aí o encanto que, tomara, seja mantido nos próximos capítulos.

Sonia Braga mostrou uma nova faceta no papel da baronesa oprimida, bem diferente das personagens que fizeram dela um símbolo sexual. Reginaldo Faria, como o barao opressor, pareceu mais durao do que o necessário, mas nao comprometeu. Nathália Timberg, Cláudio Corrêa e Castro e a ala jovem, puxada por Fábio Assunçao e Selton Mello, também foram bem. Esses atores compoem o núcleo do barao, o mais explorado na estréia. Está certo que o que foi vendido como isca do folhetim, o amor impossível entre o mocinho Inácio (Assunçao) e a cortesa Ester (Malu Mader) ficou para o segundo capítulo, repetindo a estratégia de toda estréia, que é atrair audiência para o dia seguinte. Resta saber se o bom padrao da estréia será mantido.




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