A indústria do plástico se adapta neste ano a uma nova norma da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), criada para que as sacolas de supermercado feitas com esse material tenham mais resistência, o que poderá ajudar a reduzir o uso desses itens.
A idéia é possibilitar que, em vez de usar duas sacolas para levar para casa um determinado produto mais pesado (uma garrafa refrigerante, por exemplo), o consumidor possa utilizar uma só.
A normatização mais rígida, que exige que até março de 2008 todos os fabricantes adaptem seus processos, foi uma das soluções definidas por entidades ligadas à indústria do setor, com o apoio dos supermercadistas, para melhorar a qualidade desses itens e garantir um consumo consciente.
As mudanças prevêm, além de testes e ensaios para medir a resistência, que as sacolas apresentem a marca do fabricante, texto de segurança para crianças, símbolo de reciclagem, dimensões e capacidade nominal, por exemplo.
Segundo o presidente da Plastivida Instituto Sócio-Ambiental, Francisco de Assis Esmeraldo, as regras são resultado de um trabalho de 18 meses feito em conjunto com o INP (Instituto Nacional do Plástico), para o aperfeiçoamento desses itens.
“Percebemos que ao longo dos últimos anos, por questões de custos e da concorrência, a qualidade do produto foi se deteriorando”, disse.
USO CONSCIENTEA melhora na resistência das sacolas se insere em um programa das duas entidades para disseminação da responsabilidade ambiental, por meio do conceito 4R (reduzir, reutilizar, reaproveitar e reciclar).
O programa, que é bancado pela cadeia produtiva do setor – teve orçamento de R$ 1,5 milhão neste ano –; prevê no curto prazo a redução do uso, por meio da nova norma, e a reutilização dos itens, com a ajuda de campanhas educativas.
Os outros Rs, para os quais há metas de mais longo prazo, vêm com o incentivo à coleta seletiva e a reciclagem. Esta última é considerada ainda baixa no País – gira em 4% do consumo de sacolas, segundo a Plastivida.
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