Em seu primeiro trabalho solo após o fim da parceria com o irmão, Sandy apresenta músicas que revelam um pouco do que ela é, mas - segundo a própria - sem transparecer o que é ou não verdade. "Não sei se as pessoas vão perceber o quanto o disco é revelador, mas é claro que ninguém vai saber o que é meu e o que é dos personagens que criei", afirma.

Manuscrito, que chega às lojas no dia 7, traz 13 canções compostas com ajuda e produção do irmão Júnior e do marido Lucas Lima, durante os dois anos em que ficou afastada do cenário musical. "Trabalhei naquilo que realmente gostaria que fosse meu CD." Contrária à ideia de que é preciso mais esforço do que inspiração, diz que escreve de forma natural. "Nada de transpiração, o que vale é a inspiração. Gosto quando faço uma música em cinco minutos."

O trabalho, mais intimista e com forte presença do piano, tem participação especial da inglesa Nerina Pallot na faixa Dias Iguais. Também recebe influência de KT Tunstall, Jamie Cullum e Coldplay. Na sua opinião, não é possível eleger a preferida, uma vez que compara o novo CD a um filho. No entanto, diz se emocionar diante de Dias Iguais e Esconderijo.

Garantindo não estar preocupada com a reação do público e da crítica, confessa que não sabe se continuará fazendo sucesso com os antigos fãs de Sandy & Júnior. "Não sei qual será o público que vou atingir. Quero apenas aquele que me quiser."

Mas os fãs terão de esperar até o fim do ano para acompanhar a nova produção ao vivo, quando deve iniciar a turnê. "O problema é que o CD só tem 13 músicas e um show deve ter mais do que isso", justifica. Não descarta a possibilidade de usar composições da época em que cantava com Júnior e regravações. "Não sei até que ponto seria bom trazê-las para o repertório."

Manuscrito tem a opção de versão luxo, acompanhado de DVD com o documentário Tempo, que traz os bastidores das gravação e depoimentos de Júnior, Lucas Lima e Sandy sobre o processo de criação das múscias. Para saber mais, acesse http://sandyoficial.uol.com.br