O maior diferencial dos centros – e o que possibilita atender todo esse público – é a forma como são administrados. Embora estejam vinculados à área da Educação, os Centros de Convivência da Terceira Idade não dispõem de verba específica e as unidades são atendidas pelas várias áreas da administração pública, que desloca os profissionais necessários ao funcionamento dos espaços. “Essa é a essência do nosso projeto e o que possibilita atender toda a demanda”, explica Milton Feijão Filho, presidente dos Centros de Convivência.
Os benefícios que o trabalho oferece podem ser constatados diariamente nos espaços públicos, por onde passam centenas de idosos em busca de atendimento e diversão. “Se não fosse a assistência que recebi aqui, acho que não estaria andando”, afirma Lourival Cunha de Souza, de 50 anos, que foi vítima de um acidente vascular cerebral (derrame) e está em tratamento com os fisioterapeutas do Centro Educacional e de Convivência João Nicolau Braido, no bairro São José. No mesmo local, Lourival já deu início ao curso de informática, assim como Nice Therezinha Negrão, de 66 anos, e Pedro Martins, de 63. “Não conhecia nada de informática e já fiz até curso avançado. O computador abriu minha cabeça”, conta Pedro. Para Nice, o acesso ao computador foi ‘maravilhoso’ e agora pode até se comunicar com a filha, que mora na Espanha, por meio da internet. “Estou mais atualizada e feliz”, garante. Os cursos de informática dos centros formam 180 alunos por semestre.
As equipes de esportes dos Centros de Convivência conquistaram o pentacampeonato (na classificação geral) dos Jogos de Inverno do Grande ABC, realizados neste mês em Mauá e voltados apenas para idosos. Um dos membros da equipe vice-campeã de bocha é Antonio Piguin, de 69 anos, que freqüenta o centro do bairro São José há 15. “Minha vida mudou completamente depois que comecei a vir aqui. É a minha segunda casa”, afirma.
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