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Segunda-Feira, 29 de Abril de 2024

Firestone aguarda resposta de sindicato para redução de jornada
Marcos Seabra e Michele Loureiro
06/04/2009 | 07:06
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A Firestone vai esperar até o próximo fim de semana pela resposta do Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo para a proposta de redução de jornada e salários dos 3.500 funcionários da unidade de Santo André. "O ideal é que resolvamos tudo ainda antes do feriado (dia 10, sexta-feira)", afirmou a diretora de Recursos Humanos da empresa, Simone Hosaka.

A proposta da empresa, protocolada na sexta-feira (3) no Sindicato dos Borracheiros, prevê que os trabalhadores tenham a jornada reduzida em até quatro dias mensais, com redução média de salário de 10%, por três meses. A redução média dos ganhos proposta pela Firestone é menor do que a adotada pela Pirelli, que foi de 11%.

Segundo a legislação, a redução de jornada de trabalho e de salário só pode ocorrer mediante acordo entre empresa e trabalhadores, através do sindicato da categoria. A empresa informou que irá aguardar um posicionamento da entidade. "Nosso objetivo é preservar os postos de trabalho. Por isso, a empresa recorreu à estratégia de conceder férias individuais e coletivas para os quatro turnos, além do Plano de Demissão Voluntária", acrescentou Simone Hosaka.

Contudo, a empresa justificou a necessidade de redução de jornada e salários por causa de seus estoques, que permanecem altos (há mais de 1 milhão de pneus armazenados).

O presidente do Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo e Região, Terezinho Martins da Rocha, afirmou que tem conversado com a diretoria da Firestone, porém não há negociação.

"Estamos decepcionados com as ameaças feitas para pressionar os trabalhadores a aceitarem o PDV (Plano de Demissão Voluntária), por isso não fechamos o acordo de reduções de jornada e salário", desabafou.

O sindicalista destacou que a postura da empresa em requerer artifícios para diminuir a produção pode estar focada para os funcionários errados e lembrou que a empresa tem 1.050 funcionários terceirizados. "Eles reclamam do excesso de produção, mas continuam com os terceirizados. Nossa prioridade é proteger os trabalhadores filiados ao sindicato".




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