Mato que chega a 1 metro de altura, tijolos e pedaços de madeira jogados no chão, proliferação de ratos. Essa é a situação do terreno abandonado na rua Gonçalves Dias, no Condomínio Maracanã, em Santo André. Localizado na altura do número 80, o terreno baldio tem causado transtornos para os moradores da rua. “Aqui tem sempre rato e barata, principalmente quando faz calor. Saem do mato para passear e entram na casa das pessoas”, conta a dona-de-casa Judyth da Silva Oliveira, 58 anos, vizinha do problema.

Outra vizinha do local, Daiana Cordeiro dos Santos, 19 anos, conta que até agosto  seu pai, Gonçalo Cordeiro dos Santos, 60, cuidava do terreno. “O dono desse lugar era um senhor que nunca vinha aqui. Há uns sete anos, meu pai entrou em contato com ele e pediu autorização para cuidar do espaço. O homem concordou e meu pai deixava o local sempre limpo. Chegou até a construir o muro da rua e colocou o portão com cadeado.”

O problema começou quando o proprietário morreu e o terreno foi herdado por sua filha. “Ela chegou aqui, falou para o meu pai que ele não tinha direito de usar o lugar”, conta Daiana. “Meu pai saiu sem reclamar e entregou a chave do cadeado para a moça. Desde então, ninguém mais cuida do terreno.”

Segundo a Prefeitura de Santo André, nesses casos, o município pode localizar o proprietário e fazer uma notificação. Caso o dono não faça a limpeza em 30 dias, ele pode ser multado. O valor varia de acordo com o tamanho do terreno: R$ 5,62 por metro quadrado. A Prefeitura ressalta que não tem autoridade de fazer o serviço por conta própria e a única ferramenta que dispõe são as multas.