O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê um ano econômico difícil para o Paraguai em 2000, e advertiu sobre um "choque inflacionário" no primeiro trimestre. Thomas Reichman, chefe da missao do fundo ao Paraguai, admitiu nesta sexta-feira que o governo e o parlamento tem que diminuir a enorme dependência dos gastos salariais e da previdência para aumentar os recursos para investimentos físicos e sociais.

Em coletiva à imprensa, revelou que o FMI recomendou ao governo de Luis Gonzalez Macchi reorientar o orçamento que está sendo estudado no Congresso, para recortar gastos salariais e pensoes com o objetivo de aumentar os recursos destinados a investimentos físicos, saúde e educaçao. Exortou as autoridades econômicas a ter "muita cautela e muito cuidado" para o endividamento adicional do país.

Segundo os prognósticos dos técnicos do FMI, o Paraguai terá uma queda de 1,5% do PIB, ao contrário do que foi previsto pelo Banco Central que estimou um crescimento econômico positivo da ordem de 0,5%.

O choque que os técnico prevêem para o primeiro trimestre do ano que vem tem relaçao direta com o uso maciço dos recursos provenientes de um crédito chinês de 400 milhoes de dólares, somado aos tarifaços previstos nos serviços públicos de água, luz, telefones, passagens do transporte público e combustíveis.