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Supermercados planejam expansão no Grande ABC

Até o fim do ano, dez lojas devem ser abertas na
região; setor é menos afetado pela crise econômica

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
30/08/2015 | 07:25
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Marina Brandão/DGABC


Em meio à crise, redes de supermercado planejam expandir os negócios no Grande ABC. A estimativa é de que, até dezembro, dez unidades sejam abertas na região. Apenas neste ano, pelo menos sete lojas foram inauguradas em Santo André, São Bernardo e Diadema, sendo cinco da bandeira Seta Atacadista e duas do Hirota.

Apesar de o setor ter registrado queda de 2,7% no faturamento real entre janeiro e maio na comparação com o mesmo período do ano passado, empresários ainda enxergam esse ramo de negócio com bons olhos. Isso porque, mesmo em um cenário de retração econômica, as famílias continuam consumindo produtos básicos, como alimentos, itens de limpeza doméstica e de higiene pessoal. “As pessoas readequam seus orçamentos, mas não deixam de comprar, alterando tipos de mercadorias. Por exemplo, quem adquiria um refrigerante de dois litros, passa a pegar de um litro, ou simplesmente não compra mais. Quem levava picanha, opta agora pela alcatra, e por aí vai”, comenta Guilherme Dietze, assessor econômico da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).

O deputado estadual Orlando Morando (PSDB), que é vice-presidente da Apas (Associação Paulista de Supermercados), garante que, das dez lojas que serão abertas em 2015, duas são do Sonda, sendo uma em Santo André e outra em São Caetano. A empresa confirma que a inauguração da unidade andreense, que funcionará no Parque das Nações, deve ocorrer entre setembro e dezembro.

Outra marca que planeja ampliar a rede de atendimento na região neste ano é a Coop, mas o local não foi divulgado. O parlamentar afirma que, por questões éticas, não pode informar quais serão as outras bandeiras com previsão de expansão no Grande ABC.

Morando avalia que a tendência é de aumento na quantidade de lojas de pequeno e médio porte, além dos chamados atacarejos, que mesclam vendas em grande quantidade com opções no varejo, e que, devido a mudanças estruturais em relação aos estabelecimentos convencionais, conseguem oferecer preços menores. “O estoque fica nas próprias gôndolas, o que reduz os gastos com logística”, diz Dietze. Além disso, sacolinhas plásticas são substituídas por caixas que o consumidor deve ‘caçar’ na loja, ou trazer suas próprias embalagens retornáveis de casa. Muitos estabelecimentos desse tipo, caso dos que integram a rede Seta, foram inaugurados em regiões periféricas, como no Condomínio Maracanã e no Parque João Ramalho, em Santo André; no Jardim Santo Ignacio, em São Bernardo; e no bairro Serraria, em Diadema.

Já em relação aos mercados de porte menor, o vice-presidente da Apas afirma que o principal atrativo é a praticidade. “Os tradicionais hipermercados não são mais tendência, pois o tempo, hoje, é precioso. No hipermercado, o cliente demora mais para estacionar e para achar os produtos que procura.” Entre os estabelecimentos recém-inaugurados desse tipo estão duas unidades do Hirota, sendo uma instalada neste mês em São Bernardo e, outra, em março, em São Caetano.

O Grupo Carrefour, que possui na região nove operações Carrefour e três do Atacadão, reinaugurou neste mês a loja Oratório, em Santo André, que ganhou novo conceito arquitetônico, com iluminação diferenciada e corredores mais amplos. “A principal mudança está na área de mercado, que abrange açougue, peixaria, padaria, hortifrúti, queijos e frios, onde o cliente tem uma visão 360º dos produtos e o atendimento é feito por profissionais especializados”, afirma a rede.

O Grupo Walmart, que tem nove estabelecimentos no Grande ABC (entre Walmart, Sam’s Club, Maxxi Atacado e TodoDia), não abriu unidades no Sudeste neste ano, e não informou previsão de novos pontos.

A rede que mais possui lojas na região é o GPA (Grupo Pão de Açúcar), com 47 unidades (Extra Mini, Super e Hiper, Pão de Açúcar e Assaí). A empresa afirma que não há inaugurações agendadas para as sete cidades. “No entanto, o Grande ABC é um polo econômico muito importante para os negócios do GPA, e a companhia está sempre atenta às oportunidades de expansão na região.”
 




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