O grupo transferido faz parte das 1,2 mil famílias de Diadema que permanecem em áreas provisórias - 400 delas em contêineres - à espera de moradias definitivas. Os moradores que ofereceram maior resistência também se dizem cadastrados para receber lotes da Prefeitura e queriam a preferência no local.
O conflito só foi contornado pela promessa do diretor-assistente do Departamento de Habitaçao, José Braz, de realizar uma reuniao com os descontentes para discutir o assunto. O encontro está marcado para segunda-feira, às 9h, na Secretaria de Obras, Habitaçao e Desenvolvimento Urbano. A polícia foi chamada mas nao precisou intervir.
A disputa começou na tarde de sábado, quando caminhoes da Prefeitura descarregaram os pertences das 25 famílias na área, uma faixa de terreno íngreme situada nos fundos da indústria Mazaferro. Imediatamente, alguns moradores se apressaram em invadir outras áreas nao-autorizadas.
De acordo com a moradora Cícera Maria, 30 anos, uma das que invadiu um lote irregular, várias famílias estao vivendo com parentes, nas casas próximas, de olho nos terrenos agora entregues para "gente de fora". Outros que resistiram foram os moradores de barracos construídos na área de maior inclinaçao.
Domingo, a chuva fina, o frio e a insatisfaçao dos moradores nao foram suficientes para intimidar as famílias transferidas. No meio do barro, pelo menos três barracos já haviam sido levantados e outros estavam em construçao.
Uma das novas moradoras, Cícera Aparecida da Silva, 34 anos, ao final da tarde já improvisava uma refeiçao no primeiro barraco erguido. Segundo ela, sua família permaneceu três anos vivendo em barracos provisórios da vila Conceiçao III para poder receber seu lote.
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