O projeto, que ainda terá de ser sancionado pelo prefeito Celso Daniel, causou polêmica na Câmara. O vereador Antonio Leite (PT), autor da primeira lei, considerou a matéria "rigorosa demais". Ele se absteve de votar. O vereador Carlos Augusto (PT) também apresentou restriçoes. Segundo ele, a Prefeitura nao terá como fiscalizar todas as vias da cidade. "Fica quase impossível ter tantos fiscais para garantir o cumprimento da lei."
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do ABC, Antonio de Oliveira Ferreira, desconhecia o projeto. Ele disse que vai se informar melhor sobre a lei para depois contestá-lo. Para Ferreira, a medida vai causar transtorno para a sua categoria. "Antes de proibir, o Poder Público deveria oferecer opçoes."
O caminhoneiro José Manoel Gernano disse que o seu caminhao nao fica estacionado na rua, mas criticou o que chamou de "precipitaçao" por parte dos vereadores. "Acho que antes eles deveriam ter chamado os caminhoneiros para discutir o assunto."
Juliano discorda. Ele acha que, se os caminhoneiros estivessem interessados no projeto, eles teriam procurado a Câmara antes da aprovaçao. Juliano afirmou que todos os veículos de grande porte precisam ter um local específico para estacionar. "Pode ser numa garagem, em um terreno baldio", afirmou o vereador, lembrando que a multa aos infratores é de 300 Ufirs (Unidades Fiscais de Referência).
Para o vereador, caminhoes estacionados em vias públicas provocam acidentes. Bernardete Albuquerque foi uma das vítimas. No ano passado, ao passar pela rua Varsóvia, acabou entrando com o seu veículo na traseira de um caminhao. "A rua tinha pouca iluminaçao", afirmou, ao aprovar o projeto. Maria Devienne, outra moradora da rua Varsóvia, também aprovou o projeto. Ela disse que os caminhoes atrapalham o tráfego e a segurança da rua.
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