Em seu discurso, ele insistiu que tomou a decisão pelo bem do futebol. "Embora os membros da Fifa tenham me escolhido presidente, não pareço estar apoiado pelo mundo do futebol, formado por jogadores e clubes. Vou continuar exercendo a minha função como presidente até um novo presidente ser escolhido", disse Blatter.
Quem vai coordenar a eleição e as reformas é Domenico Scala, o auditor chefe da Fifa. "Serão mudanças profundas", disse. Segundo ele, a partir da convocação da eleição, a Fifa terá de dar quatro meses para que candidatos se apresentem. Para Scala, o trabalho agora será o de criar as condições para "uma transição ordenada". "Essa era a melhor decisão", disse Scala.
Candidatos ao trono de Blatter não faltam. O jordaniano Ali já se lançou ao pleito. O ex-jogador Figo e o presidente da Federação Holandesa, Michael Van Praag, também admitem concorrer ao cargo. Michel Platini, presidente da Uefa, é cogitado.
Nesta terça-feira, Joseph Blatter deixou a sala de conferências da Fifa sem responder aos jornalistas e sem olhar o público. O evento foi organizado de última hora e pegou até seus aliados mais próximos de surpresa. Depois de 39 anos como parte da Fifa, ele tem um fim melancólico e ameaçador.
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