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Retorno da Sabesp impulsiona Lauro

Prefeito de Diadema se escora em obras da
autarquia após um ano de volta das atividades

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
31/05/2015 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) completou um ano do retorno de atuação em Diadema e se transformou na principal executora de obras na cidade governada pelo prefeito Lauro Michels (PV). A dependência de serviços da autarquia estadual é tão grande que o governo verde trata o acordo que entrou em vigor em 31 de março de 2014 como um dos principais legados para os próximos anos.

Lauro herdou a Prefeitura com dívida de R$ 1,2 bilhão entre a Saned e a Sabesp em seu colo, prestes a ser executada – ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) seria sequestrado, diretamente na fonte, para pagamento do valor, o que tenderia a quebrar o município. Sem saída, o verde vendeu a Saned (Companhia de Saneamento Básico de Diadema), criada nos anos 1990 pelo PT, à Sabesp. O passivo se acumulou por rompimento de contrato de maneira unilateral no passado e por discordância no valor da tarifa do metro cúbico de água comprada da empresa paulista.

O contrato previa, além da quitação total do débito, investimento maciço em coleta e tratamento de esgoto e reformulação das tubulações de água. A Sabesp se comprometeu a investir, de uma só vez, R$ 95 milhões e a incluir a cidade no plano de aporte da autarquia. Não só cumpriu o prazo como virou a grande vitrine de intervenções da gestão Lauro, que pega carona dos trabalhos da companhia estadual.

Obras de grandes proporções foram executadas: ligação de água no loteamento do Sítio Joaninha, construção de reservatórios no Jardim Inamar e ligação de esgoto para rede da ETE (Estação de Tratamento de Esgotos) ABC. Segundo a Sabesp, R$ 159 milhões serão aplicados exclusivamente no município: R$ 111,6 milhões até 2020 e R$ 47,2 milhões de 2021 a 2042. Recursos à parte dos R$ 95 milhões acertados com a Prefeitura de Diadema.

“É o grande legado que vamos deixar, essa parte financeira equacionada. Era dívida impagável. (A parceria) Deu fôlego (à administração)”, argumentou o secretário de Finanças, Francisco José Rocha (PSDB).

O próximo passo é a criação de empresa que vai autorizar a transferência de 229 funcionários da extinta Saned à Sabesp. A companhia entra em funcionamento nesta semana.
Parte do PT ainda lamenta a perda da Saned. Durante o governo de Mário Reali (PT), chegou-se a assinar acordo de divisão de atribuições no abatimento de dívida. A venda da Saned foi aprovada com grande tumulto pela Câmara.




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