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Santa Casa de Diadema foca atendimentos em fisioterapia

Na entidade, 30% estão em reabilitação após acidente; há ainda atuação educacional e social

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
18/05/2015 | 07:00
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Anderson Silva/DGABC


Em Diadema existe uma Santa Casa, porém, ela não é hospital. Localizada no bairro Jardim Canhema, a unidade atua com atendimentos de fisioterapia e reabilitação, além de desenvolver programas na área de Educação e Assistência Social, tudo gratuitamente. Talvez essas particularidades façam com que muitas pessoas da própria cidade desconheçam a existência do complexo, como o aposentado José de Araújo, 65 anos, morador da Vila Nogueira. “Minha vizinha pediu para acompanhá-la até a Santa Casa e falei: mas não tem isso aqui. Agora que estou conhecendo”, disse.

O espaço foi fundado em 1969. No início, algumas poucas especialidades de Saúde funcionavam ali, mas pesquisa realizada no município em 1989 mudou o foco de atuação ao constatar a necessidade de serviços de fisioterapia. A Santa Casa especializou-se na área, fixando-se também, no ano de 2008, em um andar do Quarteirão da Saúde, na região central.

Os pacientes, em torno de 30 mil por ano, chegam encaminhados pela central municipal de regulação. A reabilitação envolve 30% dos atendimentos. Nessa parcela enquadra-se Ademir Alves de Moraes, 30 anos, morador do Jardim Nações e que faz tratamento para minimizar as sequelas de um traumatismo craniano sofrido em 2008, após acidente de moto. “Aqui foi o único lugar que ele se adaptou à fisioterapia. Os profissionais são verdadeiros anjos”, fala a mãe do rapaz, Valderez Fogaça de Moraes, 60.

Nos 2.427 metros quadrados da Santa Casa, há espaço para ir além da saúde. Criado nos anos 2000, o Núcleo Educacional compreende creche, que atende no local e em outras duas unidades (Jardim Campanário e Vila Nova Conquista) 344 pequeninos, de zero a 3 anos.

Já o projeto Toninhos oferece atividades esportivas, culturais e de cidadania a 160 crianças e adolescentes de 6 a 15 anos, no contraturno escolar. “Se não participasse disso, não aguentaria ficar em casa sozinho, é muito chato. Aqui nos exercitamos, fazemos amigos e aprendemos a ter responsabilidades”, disse o estudante Kauan Lima Leal, 10.

Mensalmente, a Prefeitura de Diadema repassa R$ 120 mil para os serviços de fisioterapia e R$ 135 mil para os educacionais. Complementar esses subsídios e manter o trabalho é luta diária. “O SUS (Sistema Único de Saúde) não paga mais o que deve porque a tabela está defasada. Somos deficitários e sempre estamos em busca de colaboradores”, salienta o provedor da Santa Casa, Ronaldo Buscarino.

No dia 20 de junho, a partir do meio-dia, uma festa junina será promovida no local para angariar fundos que contribuam com o desempenho da entidade.

Propostas para obras da Rede Lucy Montoro serão abertas dia 9

Está agendado para o dia 9 de junho o término do processo licitatório para a implantação de uma unidade da Rede de Reabilitação Lucy Montoro em Diadema. O equipamento será instalado no segundo andar do Quarteirão da Saúde, área central da cidade.

De acordo com a Prefeitura, após os prazos para recursos e publicações, será realizado o cronograma de obras, que tem investimento total de R$ 5,9 milhões. O montante é oriundo da Secretaria de Estado da Saúde.

Os trabalhos de adequação serão feitos em área de 1.900 m² e, a partir do início, tem prazo de seis meses para a conclusão. Estão contemplados espaços para os setores de recepção e administrativo, ambientes adequados para serviços de fisioterapia e mecanoterapia, condicionamento físico, robótica, salas para terapia ocupacional e fisioterapia infantil.

O projeto será dimensionado para atender 250 pacientes por dia, não só diademenses, mas também de São Bernardo, São Caetano e Santo André. 




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