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Reincidente
Gestão Marinho volta a gastar mais água e toma multa

Em plena crise hídrica, Prefeitura eleva consumo
pelo 2º mês e terá de pagar R$ 20,5 mil de conta

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
26/03/2015 | 07:00
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Divulgação


Mesmo depois de receber multa da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), a Prefeitura de São Bernardo voltou a aumentar o consumo de água e, novamente, foi sobretaxada pela autarquia em 40% do valor da conta por ultrapassar a média de gasto do líquido.

Conta que vencerá no dia 23 de maio mostra que subiu de 774 metros cúbicos de água (dados do mês anterior) para 830 metros cúbicos o índice utilizado pelo Paço – contando a sede administrativa do governo de Luiz Marinho (PT) e o Teatro Cacilda Becker. A alta é de 7,24% em 30 dias. O valor do boleto, que terá de ser quitado com dinheiro público, cresceu de R$ 19.126,96 para R$ 20.535,48 – acréscimo de 7,36%.

A nova sobretaxa de 40% foi aplicada porque os 830 metros cúbicos registrados atualmente superam em mais de 10% a média entre março de 2013 e fevereiro de 2014, cálculo utilizado pela Sabesp e pela Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo) para medir o consumo dos clientes e multar quem cometeu abusos. A medida foi adotada devido à crise hídrica, decorrente da maior seca dos últimos 84 anos.

Apesar de ver seus funcionários consumirem mais água nos últimos dois meses, Marinho tem sido um dos maiores críticos do governo do Estado no assunto, culpando a gestão estadual pelo problema hídrico enfrentado por São Paulo. A Prefeitura de São Bernardo já deve por volta de R$ 100 milhões à Sabesp por contas não quitadas dos diversos prédios públicos. Deste montante, 70% já estão ajuizados.

Em nota, a administração Marinho informou que adotou programa municipal para reduzir consumo de água – denominado Pura –, com metas próprias da utilização do produto. Por isso, quer que a Sabesp reconheça a metodologia da gestão petista, e não a aplicada para os demais clientes da empresa estadual. Pelo método da Prefeitura, o consumo não subiu. “Está dentro da meta do Pura e, entendemos, deverá estar isento da sobretaxa.”

Para o governo Marinho, a alta registrada nos dois últimos meses “está dentro da margem”, “que é natural até com os consumidores residenciais”. “A administração tem mantido esforços no sentido do consumo racional de água em todos os próprios, tais como a substituição de torneiras com temporizador, contenção de vazamentos conscientização dos colaboradores.


Diadema também registra acréscimo no uso do líquido no último mês

Além da Prefeitura de São Bernardo, o Paço de Diadema, chefiado por Lauro Michels (PV), também registrou alta no consumo de água no último mês.

Contas da sede administrativa do governo, localizada na Rua Almirante Barroso, no Centro, indicam que houve acréscimo de 10,61% no metro cúbico utilizado – de 330 para 365 em 30 dias. O valor da conta de água saltou de R$ 6.051,18 para R$ 6.720,52 (11,06% a mais).

Embora haja registro de aumento do consumo de água no prédio da Prefeitura, o governo Lauro não foi sobretaxado pela Sabesp por não ter excedido em 10% a média entre fevereiro de 2013 e março de 2014 na conta de água – o período é utilizado pela Sabesp para mensurar os clientes que abusaram do uso do produto em plena crise hídrica.

Diadema passou a ter a conta de água emitida pela Sabesp somente no ano passado. Antes disso, a autarquia Saned (Companhia de Saneamento Básico de Diadema) era responsável pela medição do consumo de água. O governo Lauro não se manifestou.




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