Início
Clube
Banca
Colunista
Redes Sociais
DGABC

Domingo, 28 de Abril de 2024

Empresa vencedora de licitação da Craisa depõe em Santo André
Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
06/06/2006 | 08:10
Compartilhar notícia


A CPI da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) interroga nesta terça-feira, às 9h, Emerson Clayton da Silva, e às 10h, Irinaldo Torres dos Reis. Ambos são representantes da Gib Locações, empresa vencedora da licitação que vem sendo objeto de investigação por apresentar indícios de irregularidades.

Segundo o empresário José Caboclo Neto, derrotado no processo licitatório e autor das denúncias, a Gib foi beneficiada para vencer o certame. Neto reclama que a empresa não tem capacidade técnica para exercer o serviço de transporte de merenda. Há suspeitas, ainda não confirmadas, de que a Gib, instalada em Mauá, tem ligação com políticos daquela cidade – o que explicaria as vantagens na hora de concorrer ao certame.

Até o momento, a Gib não se pronunciou a respeito do caso. Luiz Custódio, que se apresenta como advogado da Gib, afirmou que os proprietários da empresa vêm recebendo ameaças desde que as denúncias tornaram-se públicas. “Ele (Emerson Clayton, proprietário da Gib) não quer se prejudicar ainda mais. Mas tão logo as investigações avancem, ele se compromete a falar com a imprensa”, garante.

Outro a prestar depoimento nesta terça-feira é Lesley da Silva, presidente do Conselho de Administração da Cooperauto (Cooperativa de Locações de Veículos de Motoristas Autônomos), acusada – juntamente com a Escuna Locadora de Veículos – de conluio (conspiração) para favorecer a Gib. “Não temos nada a esconder. Infelizmente, aqui fazem CPI para apurar menor preço”, rebate Silva.

Bronca – Na avaliação de Caboclo Neto, tanto Cooperauto quanto Escuna não tinham condições de participar dos pregões. Ainda assim, segundo ele, só entraram no processo e ofereceram valores baixos a fim de desclassificar a concorrência no quesito ‘preço‘ a partir do quarto colocado. Outra reclamação é referente ao dono da Gib, que até hoje ocuparia um cargo na diretoria da Cooperauto. A prática afrontaria a legislação que rege as cooperativas, que proíbe um cooperado de constituir uma empresa no mesmo ramo de atuação para concorrer com a cooperativa. Além disso, ele acusa a Gib e a Cooperauto de funcionarem no mesmo endereço.

Antes de a Gib vencer a licitação, a Cooperauto havia oferecido o menor valor para o transporte de merenda, mas foi desclassificada por conta da falta de documentação. A Escuna foi a terceira colocada no pregão. O depoimento de Ricardo Antonio, proprietário da Escuna, está marcado para o dia 13 de junho, às 9h. Ele afirmou estar tranqüilo para responder aos questionamentos da comissão, mas não quis comentar nada até falar com a CPI.



Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.