O número de vítimas de homicídios registrou queda de 9,7% no Grande ABC no ano passado, em comparação com 2013. As sete cidades contabilizaram 270 pessoas assassinadas no ano passado, contra 299 em 2013. As estatísticas criminais foram divulgadas ontem pela SSP (Secretaria da Segurança Pública).

O índice é superior ao registrado na Capital e no Estado, onde houve queda no número de mortes de 4,62% e 4,47%, respectivamente. Na região, a maior redução percentual aconteceu em Rio Grande da Serra, onde os homicídios caíram pela metade (passaram de seis casos em 2013 para três no ano passado). A única cidade a registrar aumento do índice foi Santo André, que teve 73 pessoas assassinadas no ano passado contra 63 no ano anterior – aumento de 15,87%.

A região também registrou queda nos índices de furto em geral e roubo de veículos, este último um dos principais focos da comandante da PM (Polícia Militar), coronel Cláudia Rigon, que deixou o cargo nesta semana.

DESAFIO

Para o novo comandante, coronel Marcelo Cortez Ramos de Paula, o desafio será o combate aos roubos em geral, que registraram aumento de 33,81% no Grande ABC entre 2013 e 2014, passando de 20.856 casos para 27.907. Na segunda-feira, o Diário publicará entrevista exclusiva com o líder da PM na região.

O crescimento, no entanto, não aconteceu somente na região, embora seja maior aqui. Na Capital, o índice subiu 26,54% e em todo o Estado houve alta de 20,57% no período.

O secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, afirmou que, no caso dos roubos, “eles estão concentrados em transeuntes, principalmente celulares e documentos. E é esse roubo que amplia a sensação de insegurança da população”.

O chefe da Pasta destacou ainda que só nos celulares o aumento foi de 149%, e afirmou que os batalhões da PM estão passando por alterações para se adequar à migração dos criminosos para esse tipo de delito e que o policiamento por motos será ampliado para prevenir esses crimes.

O furto de veículos também registrou ligeiro aumento no Grande ABC no período, passando de 10.233 casos em 2013 para 10.827 no ano passado, o equivalente a 5,80% de acréscimo.