Olhares felizes e o espírito de solidariedade marcaram ontem a 10ª edição do tradicional almoço de Natal que Benedito da Silva Leme, o Ditinho da Congada, e sua família oferecem a diversas comunidades de São Bernardo. Cerca de 2.000 pessoas passaram pela festa.

O cardápio elaborado com mais de 250 quilos de alimentos teve macarrão, frango, arroz, feijão e salada. Milhares de pessoas foram ao evento, que não pretendia apenas oferecer comida a quem não tem condições de fazer uma ceia. Tinha ainda a intenção de unir as pessoas para que confraternizassem e se conhecessem.

"Espero ter condições de proporcionar isso por muitos anos ainda. É muito bom oferecer essa alegria", disse Ditinho.

O dia de festa mobilizou mais de 15 pessoas na organização das atrações do almoço, que não deixou a desejar em nenhum quesito, principalmente no da tão esperada presença do Papai-Noel para garantir a realização do sonho das crianças. Foram distribuídos mais de 1.500 presentes, entre bonecas, carrinhos, bolas e jogos.

A entrega dos presentes ficou para o fim, quando adultos, crianças e adolescentes já tinham se deliciado com o almoço, as frutas e o colorido e saboroso bolo, feito especialmente para as crianças com imagens de personagens de desenhos animados.

Veterana em participar do almoço comunitário há dez anos, a educadora social Silvia Regina Medeiros, 32 anos, levou os filhos para a festa.

"Tudo é muito bem organizado. Tenho condições de fazer um almoço de Natal na minha casa, mas venho aqui para rever amigos", afirmou.

Contando que não teve condições de preparar a ceia ou o almoço de Natal, a empregada Adriana Tiago dos Santos, 30, disse ter realizado, ontem, seu desejo e dos filhos na festa comunitária. "Apesar de morar aqui no bairro, nunca tínhamos participado deste almoço. Estou feliz, e as crianças estão radiantes, pois sairão com presentes", disse.

A escolha das prendas foi o momento mais importante para os pequenos. A euforia para escolher um carrinho, algum jogo ou um bicho de pelúcia trouxe brilho aos olhos de meninos e meninas.

"Ele não sabe nem que carrinho vai querer levar. Está confuso com tantas opções", disse a vendedora Edileusa Santos Santa, 36, que foi uma das primeiras da fila a garantir o presente de Natal do filho, Abraão, 2. "É daqui que sempre saem os presentes dos meus filhos", contou.