Três dos principais cartões-postais de Brasília e do Brasil – a Esplanada dos Ministérios, a Praça dos Três Poderes e o Palácio da Alvorada – recebem todos os dias milhares de pessoas. São simples turistas, anônimos ou conhecidas autoridades e funcionários públicos. Nas imediações dos prédios públicos tão admirados por eles e, principalmente em tocas, habita uma população asquerosa, gigantesca. São os ratos e ratazanas que se alimentam dos restos de alimentos jogados pelos freqüentadores das praças do Poder.

Roedores de tamanhos diversos podem ser vistos com facilidade à luz do dia e, principalmente, à noite perto dos ministérios e de outros edifícios estratégicos para a República, como o STF (Supremo Tribunal Federal).

Um dos locais preferidos por esse animais é o estacionamento público usado pelos homens e mulheres comuns que trabalham e freqüentam o STF. O local fica embaixo de um monumento denominado Panteão da Pátria Tancredo Neves. Mal-iluminado e de terra, o estacionamento também serve para moradia de andarilhos e roedores que se escondem em tocas e, não raramente, quase esbarram nos pés de transeuntes.

Apesar dos roedores serem vistos, diariamente, no estacionamento, o STF informou, por meio da assessoria, que não tem recebido reclamações sobre a existência deles. “Isso era comum antes da construção do anexo 2 (prédio projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, inaugurado em 1998 e que abriga, entre outros departamentos, o gabinete dos 11 ministros do tribunal)”, informou o Supremo.

A assessoria do tribunal informou que, “mesmo assim, o STF faz trabalhos de desratização a cada 180 dias. Embora seja área pública, o estacionamento também passa por desratização”. O próximo trabalho para exterminar os ratos está marcado para ocorrer no fim deste mês.