Em S.Bernardo, governador prega ‘humildade’, mas projeta aumento da distância do tucano em S.Paulo
Em campanha pró-candidatura a presidente de Aécio Neves (PSDB) realizada ontem, no Jardim Silvina, em São Bernardo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) estimou aumento de votos ao presidenciável tucano em São Paulo, ampliando a diferença no Estado. No primeiro turno, Aécio recebeu 4 milhões de votos a mais que Dilma Rousseff, que concorre à reeleição pelo PT.
“Temos de ter humildade e trabalhar. Vamos tentar aumentar (a votação de Aécio em São Paulo), temos confiança. Mas precisamos, e vamos, trabalhar”, afirmou Alckmin, reeleito no primeiro turno ao comando do Palácio dos Bandeirantes.
Alckmin afirmou aos eleitores do bairro que Aécio “está preparado para fazer grande governo ao País” e que “será parceiro do Estado e principalmente da região”.
O chefe do Executivo estadual passou por padaria e feira no Jardim Silvina, na região periférica de São Bernardo, ao lado de líderes regionais que apoiam Aécio, como os deputados Orlando Morando (PSDB) e Alex Manente (PPS), o secretário paulista de Esporte, Lazer e Juventude, José Auricchio Júnior (PTB), o deputado federal William Dib (PSDB) e vereadores da cidade.
Alckmin cumprimentou eleitores e comerciantes, agradeceu a votação conquistada no Grande ABC – foi lembrado por 635.129 eleitores das sete cidades – e pediu votos para Aécio. Na padaria, tomou café ao lado de correligionários e fez questão de pagar a conta de R$ 10, mesmo com insistência da balconista. “Tenho de dar exemplo.”
Na sequência, visitou base da Polícia Militar e conversou rapidamente com oficiais plantonistas. Depois, foi à feira livre no bairro. Tirou fotos, conversou com eleitores e reforçou campanha para Aécio.
No fim, parou para tomar caldo de cana. “Está muito quente”, relatou o tucano, que novamente quitou a conta, desta vez de R$ 8. “Fiz questão de vir para cá para agradecer a expressiva votação. Foi grande manifestação de confiança da população do Grande ABC ao nosso trabalho”, justificou.
Líderes exaltam poder de transferência
Líderes do Grande ABC ressaltaram que a credibilidade do governador reeleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afetará positivamente a campanha à Presidência da República do candidato tucano Aécio Neves.
No primeiro turno, Alckmin recebeu 635.129 votos na região, quase o dobro do segundo colocado nas sete cidades, Alexandre Padilha (PT, 353.385 votos). Aécio foi citado por 531.764 eleitores, contra 460.680 da presidente Dilma Rousseff (PT). A ideia é transferir os aproximados 100 mil votos que Alckmin obteve a mais para Aécio.
“A vinda dele à região traz o push final, o push da vitória. Acredito que o Aécio tende a ampliar a votação que teve no Grande ABC”, afirmou o secretário paulista de Esporte, Lazer e Juventude, José Auricchio Júnior (PTB). “O governador fazendo campanha (na região) é como se o Aécio estivesse aqui. Traz credibilidade”, adicionou.
Deputado estadual reeleito com 237 mil votos, Orlando Morando (PSDB) salientou que a atitude de Alckmin em pedir votos ao presidenciável tucano afasta boatos de cisão no tucanato. “Ontem (no sábado) o governador estava em Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, fazendo campanha para o Aécio sem o Aécio. O PSDB nunca esteve tão unido.”
Alex Manente (PPS), que conquistou mandato de deputado federal, afirmou que a atividade com Alckmin serve para reforçar o voto na “mudança”. “Ele é o único a trazer as melhorias que o País e a região necessitam”, discorreu.
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