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Desafio
Casas de repouso
atuam pela inclusão

Instituições de acolhida buscam maneiras
para melhorar a qualidade de vida dos idosos

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
30/09/2014 | 21:58
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Denis Maciel/DGABC


“Detesto a palavra velho, porque isso é alguma coisa que você joga fora e não serve mais para nada e não é o caso do ser humano”. Essas são as palavras de Glória de Siqueira Fabri, presidente da Instituição Assistencial Nosso Lar, entidade filantrópica de Santo André que há 60 anos atua no cuidado à pessoa idosa, cujo dia internacional é celebrado hoje. Atualmente, 100 pessoas são assistidas.

Ao falar em Ilpis (Instituições de Longa Permanência para Idosos), conhecidas popularmente como asilos, muitas vezes o que se vem à mente é o abandono, mas esses locais trabalham justamente para que a vida daqueles que tanto contribuíram com a sociedade não seja de exclusão. “Muitas vezes, o paciente é mais bem tratado em uma instituição de boa qualidade do que em casa”, fala a geriatra e diretora da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Maisa Kairalla.

O tratamento também inclui atividades como dança, artesanato, alfabetização, passeios externos e até autonomia para executar uma ação que seja de seu agrado, como o caso de Jair Tomaz da Silva, 76 anos, que deixou as ruas para morar na Casa de São Vicente de Paulo Jardim dos Velhinhos do ABC, em São Bernardo. Lá, ele criou uma horta que ajuda a abastecer a cozinha da casa com verduras. “Comecei com a horta para refrescar a ideia e não ficar parado. É meu divertimento”, fala.

Natalina das Neves, 84, que escolheu a casa “por não se dar bem com o genro”, com quem morava, tem na instituição oportunidades que, segundo ela, não teria fora de lá.

A Casa de São Vicente de Paulo é filantrópica, atende 67 idosos e tem fila de espera de 384 pessoas. A administradora da entidade, Vera Higino Ferreira, ressalta que as atividades contribuem para aumentar o tempo de vida. “O idoso dentro de uma instituição chega a viver de quatro a cinco anos a mais do que um de fora.”

Para o professor de Psicologia Social da USP (Universidade de São Paulo) Sergio Kodato, orientador de tese de mestrado sobre inclusão de idosos, é preciso ampliar as atividades a esse público. “Existem vários projetos que estão começando a ser pensados para torná-los mais ativos. Um deles é a integração com crianças de creche, preparando-os para irem até lá e contar histórias, brincar com elas.”

Em Mauá, Ribeirão Pires e Diadema são 13 residências desse tipo cadastradas na Vigilância Sanitária de cada município, atendendo 321 pessoas.




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