O gosto pela improvisação e a habilidade em seus respectivos instrumentos unem Yamandu Costa e Naná Vasconcelos. Nascido em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, em 1980, Yamandu começou a estudar violão aos sete anos com o pai, Algacir Costa.

Aos 17, apresentou-se pela primeira vez em São Paulo, no Circuito Cultural Banco do Brasil. Na ocasião, foi recebido pela imprensa especializada como uma das gratas surpresas do cenário musical brasileiro. Em 2001, venceu a edição instrumental do Prêmio Visa.

O fraseado ágil e elegante do violonista é utilizado na releitura de gêneros como o choro, a bossa nova e ritmos que marcaram sua formação cultural, caso da milonga, do tango e do chamamé.

Nascido em Recife, em 1944, Naná chegou ao Rio de Janeiro no fim dos anos 1960. Nessa época, tocou com músicos como Nelson Ângelo e Milton Nascimento, com quem gravou discos essenciais da MPB, entre eles Milagre dos Peixes. Em 1968, o percussionista integrou o Quarteto Livre, que acompanhou o cantor Geraldo Vandré no clássico Pra Não Dizer Que Não Falei de Flores, durante a etapa paulista do 3º Festival Internacional da Canção.

Após uma temporada na Europa, retornou ao Brasil no início da década seguinte, quando realizou uma temporada no Teatro Fonte da Saudade, no Rio. Em seus shows, Naná mostrou sua habilidade com instrumentos de percussão como o berimbau e a queixada de burro, e interpretou composições do disco Africadeus.

Além de se destacar nos palcos, o veterano já emprestou seu talento para produções no cinema. Ele trabalhou nas trilhas dos filmes Procura-se Susan Desesperadamente, estrelado por Madonna e dirigido por Susan Seidelman, e Down By Law, do renomado diretor Jim Jarmusch.