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Após calor na 1ª semana, tenistas sofrem com chuva na reta final de Roland Garros
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07/06/2017 | 06:00
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Os termômetros nunca oscilaram tanto em Roland Garros. Se a primeira semana do Grand Slam francês foi marcada por temperaturas elevadíssimas, a segunda tem chuva, vento e ainda eventuais momentos de sol forte. As variações no tempo trouxeram, claro, consequências para dentro de quadra.

Nos primeiros dias da disputa em Roland Garros, os termômetros registraram temperaturas recordes para um mês de maio, com até 34 graus Celsius no domingo, dia 28, primeiro dia de competições das chaves principais.

O calor da primeira semana deixou o saibro mais seco e mais veloz, condição incomum na competição parisiense. E os tenistas acostumados ao piso mais lento não deixaram de reclamar. O espanhol Roberto Bautista Agut, 18.º do ranking da ATP, disse que a bola fica "descontrolada" devido às temperaturas que superavam 30 graus Celsius com facilidade.

O maior campeão da história de Roland Garros concordou. "Isso é verdade. As bolas, principalmente quando são novas, voam. São difíceis de serem controladas", afirmou Rafael Nadal, também espanhol. "O contato com a bola não é bom o suficiente. É fácil cometer erros em sequência, duplas faltas, erros não forçados. Temos que nos adaptar".

O dono de nove títulos no Grand Slam da França admitiu a surpresa com as temperaturas altas. "Depois de tantos anos vindo jogar aqui, eu nunca senti tanto calor como neste ano. É bem incomum um tempo como esse nesta época em Paris", declarou o favorito ao título, acompanhado por outros tenistas.

"Nunca vi uma temperatura tão alta em Paris. Eu gosto destas condições porque o jogo fica mais rápido e você pode colocar mais spin (efeito) nas bolas", avaliou o jovem austríaco Dominic Thiem, que vai encarar o sérvio Novak Djokovic nas quartas de final.

O calor, porém, deu lugar à chuva e a temperaturas mais baixas. Enquanto a torcida começava a sacar os guarda-chuvas das bolsas, os tenistas passaram a jogar em um piso mais pesado e lento, o que exigia maior poder de adaptação dos atletas.

O mau tempo deu mais trabalho aos tenistas nesta terça-feira, dia em que a chuva oscilou e fez partidas serem interrompidas por até duas vezes na mesma tarde. As lonas cobriam e descobriam as quadras, enquanto os atletas entravam e saíam dos vestiários, sem a certeza da continuação de suas partidas.

Além disso, o forte vento levantou o saibro e atrapalhou algumas tenistas. "Aconteceram todas as estações do ano em apenas um dia. Tivemos um furacão, uma tempestade de areia e quase neve também", brincou a suíça Timea Bacsinszky, 31.ª do mundo, que avançou às semifinais apesar das "intempéries" de Roland Garros.




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