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Será erro se apostarem em crise no PT, avalia Grana

Prefeito andreense considera debate com rivais na esfera municipal: ‘Se não, ficarão desconectados’

Por Fábio Martins
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
09/08/2016 | 07:00
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O prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), sustentou ontem que os rivais no pleito cometerão “grande erro se apostarem em crise (institucional da esfera nacional) no partido” para obter sucesso pelo voto – cidade contará com outros seis concorrentes no páreo. Em entrevista ao Diário, o petista avaliou que a discussão durante a campanha eleitoral deve ser norteada pela conjuntura municipal, caso contrário os adversários “ficarão desconectados”. “O que a população quer saber é quem vai criar condições de melhoria, enfrentar obstáculos. O âmbito federal ficará para o Congresso, será outro patamar. Seria erro alguém ir por esse caminho.”

Para rechaçar ideia de que poderia esconder a estrela vermelha nas ruas, Grana reiterou que jogará suas fichas em eleição “militante”, principalmente pela redução do prazo – 45 dias, o que antes era 90. “Será campanha mais diferente desde a redemocratização, sem financiamento empresarial, e que as redes sociais terão peso grande. Menos oba-oba”, disse, ao acrescentar que o projeto petista tem o que mostrar de realizações na cidade. “Há quatro anos era coisa abstrata. Hoje dá para apresentar resultado. Cidade funciona, acho que levo vantagem neste aspecto”. Ele cita ainda a ampliação do arco de aliados. Em 2012, a aliança era com seis partidos. Agora, são 11 siglas.

Com a concretização das chapas proporcionais, Grana vislumbra fazer maioria na Câmara. Segundo o prefeito, há condições reais de garantir governabilidade frente às 21 vagas legislativas. “Trabalhamos com a perspectiva de eleger o maior número de vereadores”, mencionou. A coligação do PT entra com PDT e PSD, do parlamentar José de Araújo, visto com desconfiança por conta do alto índice de votos. “Se tornou a chapa mais forte. O Araújo soma, não divide. Ele, que é homem de lealdade invejável, tem voto muito pessoal”. Citou que o processo de escolha, assim como da manutenção de Oswana Fameli (PMB) na vice, encerra “sem fissuras”.

Grana falou que não se arrepende da abertura do governo a Raimundo Salles (PPS) e Paulinho Serra (PSDB), que hoje são seus adversários. “Não existe mágoa. Eles contribuíram. Estão fora por opção deles”. O chefe do Executivo frisou expectativa de receber mesma confiança dada pelo eleitorado a Newton Brandão e Celso Daniel, ambos ex-triprefeitos da cidade. “Não queremos que haja retrocesso nos programas, como a execução dos planos de Mobilidade Urbana e as políticas sociais”, ponderou, admitindo que a Prefeitura sofreu devido à instabilidade política e econômica do País. “Mas considero que existem sinais de recuperação já neste segundo semestre no município.”  




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