Economia Titulo Demissões
Justiça obriga Embraer a negociar com sindicatos
27/02/2009 | 08:17
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Representantes dos trabalhadores da Embraer se reuniram quinta-feira com o presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas (SP), desembargador Luis Carlos Candido Martins Sotero da Silva. No encontro informal pedido pelos sindicalistas, foi manifestado ao desembargador que a demissão por carta de 4.270 funcionários, na semana passada, é irregular, pois a direção da empresa fez uma dispensa em massa sem negociar com sindicatos.

Os dirigentes da Força Sindical e Conlutas entraram também no TRT de Campinas com pedido de liminar no qual solicitam a reintegração imediata dos trabalhadores dispensados.

De acordo com o presidente da Força e deputado federal, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, a reunião com o presidente do TRT foi muito positiva. "Ele nos ouviu e determinou que será realizada uma audiência de conciliação entre a Embraer e os representantes dos trabalhadores na próxima quinta-feira", comentou. "A empresa não quis estabelecer antes um diálogo com os sindicatos para encontrar saídas razoáveis para ambos os lados. Agora, vai ter de abandonar a postura intransigente para negociar na presença da Justiça", afirmou.

Para o coordenador nacional do Conlutas, José Maria de Almeida, a audiência de conciliação determinada pelo TRT indica que a direção da companhia está equivocada pois "prejudicou 4.270 famílias com demissões não justificadas, já que a companhia apresenta bom nível de produção e rentabilidade." Segundo ele, a Embraer fabricou 204 aviões no ano passado e deve negociar outros 242 neste ano. "É uma mentira dizer que a demanda dos clientes caiu com a crise, pois os pedidos não baixaram. O que vai ocorrer é que a recessão mundial não permitirá a concretização da expectativa de vendas muito elevadas para 2009, realizadas, pelos dirigentes da Embraer", disse.

Na avaliação de Paulinho, há boas chances de o TRT-Campinas deferir a liminar para reintegração dos 4.270 funcionários da Embraer. "Poderemos estabelecer um acordo adequado para todos", comentou.




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