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TCE aprova conta em Diadema após 12 anos

Corte avaliza exercício 2011 da Prefeitura, da gestão Reali, o que não acontecia desde 1999, com Gilson

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
25/09/2013 | 07:00
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Montagem/DGABC


Depois de 12 anos, a Prefeitura de Diadema recebeu parecer positivo do TCE (Tribunal de Contas do Estado). O exercício 2011, terceiro ano de governo do ex-prefeito Mário Reali (PT), foi aprovado pela Corte, quebrando escrita de reprovações que se iniciou com Gilson Menezes (PSB), transcorreu os dois mandatos de José de Filippi Júnior (PT) e não poupou os dois primeiros anos de gestão de Reali.

Os conselheiros Robson Marinho (relator do caso), Edgard Camargo Rodrigues e Sidney Beraldo votaram pela aprovação da contabilidade do penúltimo ano de Reali à frente do Paço, embora apontem recomendações a serem feitas pelo município. A transcrição dos votos, com detalhes do julgamento, será publicada nos próximos dias.

A série de rejeição de contas se iniciou em 2000, último ano de Gilson Menezes no Executivo, e teve como base uma irregularidade que seus sucessores não sanaram até 2010: o investimento insuficiente em Educação, abaixo dos 25% determinados pela Constituição.

Sem conquistar reeleição, Gilson foi sucedido por Filippi. O petista passou oito anos na principal cadeira da Prefeitura e recebeu pareceres desfavoráveis em todos os dois mandatos. A cartela de negativas, além de contar com baixo índice de recursos ao setor educacional, inclui também problemas com precatórios.

As dívidas judiciais, aliás, foram vilãs dos dois primeiros anos de Reali no Paço. Tanto que o petista trabalhou, pessoalmente, pela aprovação da Emenda 62/09, que alterou o regime de pagamento de precatórios, impedindo o sequestro de receitas municipais.

BENEVOLÊNCIA

Todos os 12 pareceres negativos em sequência dados pelo TCE foram derrubados pela Câmara. Isso permitiu que Gilson disputasse mais uma eleição para prefeito, duas para vice e uma para deputado estadual (com fracasso), que Filippi concorresse à reeleição em 2004 e que disputasse (com êxito) cadeira na Câmara Federal em 2010 e que Reali tentasse (sem sucesso) se manter à frente do governo municipal no ano passado.

No início do mês, o Legislativo derrubou, de uma só vez, as reprovações do TCE sobre as contabilidades de 2009 e 2010 de Reali – movimentação que contou com votos de toda base governista do prefeito Lauro Michels (PV).

A história política de Diadema registrou apenas uma manutenção de rejeição a contas da administração. Em 1992, a Casa continuou com a condenação da Corte à contabilidade de 1988 de Gilson, o que impossibilitou o então deputado estadual de concorrer à Prefeitura naquele ano.




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