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São Luiz começa
a ser construído
no mês de setembro

São Caetano e Rede D’Or fecharam acordo sobre isenção de impostos; investimento é de R$ 200 milhões

Thaís Moraes
Do Diário do Grande ABC
26/07/2013 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


Após dois anos e meio de impasses, as obras para construção do Hospital São Luiz, da Rede D’Or, em São Caetano, devem finalmente sair do papel, com início em setembro e prazo de término de, no máximo, dois anos. A retomada oficial do convênio foi feita ontem, no Paço, entre a Prefeitura e representantes da rede particular.

O anúncio da construção da unidade foi feito pela primeira vez em 1º de dezembro de 2010, na administração do então prefeito José Auricchio Júnior (PTB), com previsão de que a construção fosse iniciada em três meses. O lançamento da pedra fundamental do hospital foi feito em março de 2011 e a expectativa era inaugurar o complexo neste ano.

De acordo com o fundador e presidente do conselho da Rede D’Or, Jorge Moll, uma série de impasses impediu o início dos trabalhos.

“A gestão anterior não aprovou o combinado inicial, que concedia incentivos fiscais em relação ao IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e ao ISS (Imposto sobre Serviços), benefícios já viabilizados pelo prefeito Paulo Pinheiro (PMDB).”

Outro empecilho encontrado, segundo a empresa, foi o fato de o terreno onde será construído o hospital, anexo ao Espaço Cerâmica, ter como vizinho uma central da AES Eletropaulo, que emite correntes magnéticas. “Tivemos que mudar todo o projeto para que o campo magnético não interferisse nas aparelhagens e na recuperação das pessoas”, disse Moll.

O investimento total, entre compra do terreno, obras, projetos e instalação física, gira em torno de R$ 200 milhões. Com uma base de cinco andares e duas torres com seis pavimentos, a princípio serão oferecidos 160 leitos e, à medida que a demanda exigir, esse número poderá ser ampliado para 250. O número de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) poderá chegar a 40%, “Além de ser um hospital geral, nossa caracterírica é atender grandes emergências e ter espaços dedicados a pacientes de alta complexidade”, observa o fundador da Rede D’Or.

A estimativa é que a unidade atenda 20 mil emergências e urgências e realize até 1.000 cirurgias por mês. “Hoje, o atendimento em hospitais privados de excelência tem demanda reprimida na região. Acho que é uma nova época para a Saúde privada em São Caetano”, analisa o futuro diretor médico do hospital da cidade, Luiz Antônio Della Negra.

Para o prefeito Paulo Pinheiro (PMDB), o equipamento irá diluir o atendimento na cidade. “Quanto mais médicos e hospitais houver, melhor para população, que terá livre escolha. Com a construção, aqueles que buscam bom atendimento não precisarão ir a São Paulo”, opina.

Faltam hospitais particulares na região

A implementação de mais um hospital particular na região chega para desafogar outras unidades que sofrem com a falta de oferta. Nos últimos seis anos, pelo menos seis hospitais particulares foram fechados e o Grande ABC perdeu quase 500 leitos. Entre os equipamentos falidos estão o Neomater, Baeta Neves e São Caetano.

Com a construção da unidade São Luiz, em São Caetano, a Rede D’Or contabiliza três hospitais. A primeira aquisição foi em abril de 2010, com a compra do Hospital Brasil, em Santo André. Em setembro do mesmo ano, o Hospital Assunção, em São Bernardo, também passou a ser gerenciado pela rede. Juntos, os dois equipamentos somam 400 vagas, sendo 30% destinadas à UTI, índice acima da recomendação internacional, que é de 25%.

MAUÁ

Em fevereiro de 2012 a Rede D’Or anunciou a construção de um hospital geral em Mauá, mas a unidade também não saiu do papel. De acordo com o diretor corporativo, Luiz Della Negra, o projeto está parado e sem previsão para ser retomado. 




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